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    Zema não pode querer para ontem o que não resolveu em cinco anos, diz Pacheco

    Presidente do Senado afirmou que todas as ações possíveis estão sendo feitas para buscar solução para a dívida bilionária de Minas Gerais com a União

    Presidente do Senado, Rodrigo Pahceco (PSD-MG).
    Presidente do Senado, Rodrigo Pahceco (PSD-MG). Túlio Vidal/Divulgação ABRAINC

    Daniel Trevorda CNN

    em Brasília

    O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou, nesta quarta-feira (6), que todas as ações possíveis, neste momento, estão sendo feitas para buscar uma solução para a dívida bilionária de Minas Gerais com a União.

    Pacheco rebateu o governador Romeu Zema (Novo), que criticou a falta de “ação efetiva” nas negociações em Brasília.

    “O governador não pode querer para ontem algo que ele não conseguiu resolver em cinco anos. Há regras, negociações e um caminho para isso. Tudo ao seu tempo” afirmou Pacheco.

    A reação veio depois de uma declaração do governador Zema, na manhã desta quarta-feira (6), durante entrevista para a rádio Itatiaia em Belo Horizonte.

    “Toda a alternativa é bem-vinda, estivemos com o presidente do Congresso há duas semanas. Ele lançou uma proposta, mas essa proposta precisa ser apreciada pelo Ministério da Fazenda, pela Secretaria do Tesouro Nacional e até agora ninguém apreciou. Então ficou falação até agora, não teve nenhuma ação efetiva por parte do governo federal”, afirmou Zema.

    Pacheco terá uma reunião, na quinta-feira (7), com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para buscar solução para a dívida do estado.

    “Mais um passo importante no caminho da solução da dívida. Quero ajudar o governador a resolver o maior problema do governo dele. Há regras, negociações e um caminho para isso. Tudo ao seu tempo”, afirmou Pacheco.

    A dívida do estado de Minas é orçada em R$ 160 bilhões. Graças a uma liminar da justiça, o governo de Minas Gerais, na gestão de Romeu Zema, não pagou nenhuma parcela da dívida com a União.

    O governador tenta aprovar na Assembleia Legislativa dois projetos de lei para a adesão de Minas ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). A partir de 2024, o governo terá que pagar parcelas no valor de R$1,5 bilhão por mês, um total de 18 bilhões de reais por ano.

    Já Pacheco tenta negociar uma alternativa ao regime. O presidente do Senado discute, com a União, federalizar a Copasa (companhia de água e esgoto) e a Codemig (companhia de desenvolvimento econômico) e repassar ao governo federal a indenização da Samarco decorrente do acordo do desastre de Mariana de 2015 para abater a dívida.