Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Witzel responde à justiça do RJ interpelação criminal de Flávio Bolsonaro

    Senador protocolou pedido de esclarecimento na justiça do Rio de Janeiro após depoimento de Witzel na CPI da Pandemia

    Wilson Witzel presta depoimento à CPI
    Wilson Witzel presta depoimento à CPI Jefferson Rudy/Agência Senado

    Elis Barretoda CNN*

    Rio de Janeiro

    O ex-governador do estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, respondeu à interpelação criminal aberta na justiça do Rio de Janeiro pelo senador Flávio Bolsonaro contra as declarações do ex-governador do RJ em depoimento à CPI da Pandemia.

    Na resposta, a defesa de Witzel alega que ele jamais citou o nome de Flávio como suposto “dono dos hospitais federais no Rio de Janeiro”. “Na medida em que o interpelado não se referiu ao interpelante, como já explicitado, nem mesmo lhe atribuiu qualquer atributo pejorativo, não há que se falar em crime de injúria”, diz o documento.

    No dia 25 de junho deste ano, a defesa do senador Flávio Bolsonaro acionou a justiça criminal do Rio de Janeiro contra as declarações de Wiztel em depoimento à CPI da pandemia.

    Ao longo do depoimento, segundo a defesa de Flávio, o ex-governador Witzel, atacou a honra do senador em dois momentos distintos: quando citou a gestão de hospitais federais no Rio e quando falou sobre o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco.

    Em relação aos hospitais, os advogados de Flávio questionaram o que Witzel quis dizer ao afirmar que as unidades “têm um dono” e citam que, em reservado, o governador afastado disse aos senadores que o “dono” dos hospitais seria Flávio Bolsonaro.

    “O que pretendeu dizer o interpelado: que haveria corrupção? Tráfico de influência? Relações espúrias de compadrio? Em que contexto um senador da república poderia ser dono ou ter alguma ingerência em hospitais federais em algum ente da federação”, indaga trecho do documento.

    Sobre o assassinato de Marielle, os advogados pedem explicações em relação à declaração em que Witzel disse não ser porteiro para ser intimidado, durante depoimento na CPI. A fala aconteceu após o senador Renan Calheiros afirmar que Flávio Bolsonaro estava atuando para constranger Witzel.

    O ex-governador faz menção ao episódio da investigação sobre a morte da vereadora, em que o porteiro do condomínio de Jair Bolsonaro teria dito que “seu Jair” permitiu a entrada de um dos acusados do crime no local. Sobre isso, a defesa do ex-governador disse que ele não se referia ao senador e que, em momento algum, falou o nome dele.

    Em nota, a defesa de Flávio Bolsonaro, afirmou que Wilson Witzel “admitiu que não acusou, e, portanto, que não existe qualquer irregularidade envolvendo o senador Flávio Bolsonaro e os hospitais federais no estado.” Os advogados informaram também que “em função dos prejuízos causados à imagem do parlamentar, a defesa entrará com uma queixa-crime contra o ex-governador.”

    A CNN procurou Wilson Witzel para comentar a nota da defesa de Flávio Bolsonaro de que vai entrar com queixa-crime contra ele, mas ainda não teve retorno.