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    Witzel entrega alegações finais sobre o processo de impeachment e nega corrupção

    O documento de 126 páginas foi entregue por volta das 17h e segundo os advogados do ex-juiz, Witzel não teve participação nos casos que estão sendo apurados

    Gabriela Coelho, Marcela Monteiro e Renato Barcellos, da CNN, em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo

    A defesa de Wilson Witzel (PSC) entregou nesta terça-feira (27) as alegações finais ao Tribunal Especial Misto (TEM), que deve julgar na próxima sexta-feira (30) o processo de impeachment do governador afastado do Rio de Janeiro.

    O documento de 126 páginas foi entregue por volta das 17h e, segundo os advogados do ex-juiz, Witzel não teve participação nos casos que estão sendo apurados. Ainda de acordo com a defesa, não há nenhum ato que atrele o governador afastado a qualquer conduta de corrupção.

    Embora o julgamento esteja marcado para sexta, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes decidiu que o presidente do TEM deve prestar esclarecimentos sobre o processo no prazo de 24 horas. Witzel alegou que o interrogatório deve ser o último ato instrutório do procedimento de impeachment e isso teria sido desrespeitado.

    Nesta segunda-feira (26), o governador afastado entrou com uma ação no STF em que pede para que seu processo de impeachment volte para a fase de instrução. Na prática, isso implicaria em marcação de nova data para o julgamento de seu afastamento definitivo do mandato. A informação é do analisa da CNN Fernando Molica.

    A reclamação, protocolada na segunda-feira (26) no STF, tem como base a liberação, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), de 28 novos anexos da delação premiada de Edmar Santos, ex-secretário estadual da Saúde e principal testemunha contra o governador.

    Bruno Mattos de Medeiros, que faz a defesa de Witzel, quer que os depoimentos de Santos e de seu cliente sejam anulados e que novas oitivas sejam realizadas.

    Integrante do tribunal e relator do processo, o deputado estadual Waldeck Carneiro (PT) disse à CNN que os 28 anexos foram liberados na semana passada e que neles não há referências às acusações que embasam o processo de impeachment.

    O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel
    O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel
    Foto: José Cruz/Agência Brasil (11.jun.2019)

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