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    Weintraub é questionado pela PF sobre interferência de Bolsonaro na instituição

    Determinação do ministro Alexandre de Moraes inicialmente dizia que o ex-ministro da Educação deveria ser ouvido por declarações sobre membros do STF

    Douglas Portoda CNN* , em São Paulo

    O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub prestou depoimento, nesta sexta-feira (4), à Polícia Federal (PF) e foi questionado sobre o inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura uma possível interferência do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas forças de segurança. As informações são da âncora da CNN Daniela Lima.

    O inquérito foi aberto após o ex-ministro da Justiça Sergio Moro (Podemos) apontar que Bolsonaro o pressionava para substituir o então diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, por um aliado e que exigia acesso a relatórios sigilosos da corporação. O ex-juiz da Lava Jato saiu do cargo em abril de 2020 após a demissão Valeixo.

    Inicialmente, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que Weintraub fosse ouvido em uma investigação que trata de um vídeo em que ele teria divulgado afirmações falsas sobre a atuação do Supremo e seus integrantes.

    Segundo Weintraub, um dos ministros da Suprema Corte, Ricardo Lewandowski, tentou comprar a casa onde morava depois de sua ida para os Estados Unidos, após sair do governo Bolsonaro e ser indicado para o Banco Mundial. Sem citar nomes, o ex-ministro ainda disse que o mesmo magistrado teria negado um de seus pedidos de habeas corpus.

    Na decisão, Moraes afirmou que foram “veiculadas, por parte de Abraham Weintraub, diversas informações falsas acerca da atuação do Supremo Tribunal Federal e de condutas relacionadas a um de seus membros”.

    Por meio de nota, o gabinete do ministro Ricardo Lewandowski informa que, “por intermédio de uma corretora imobiliária, o ministro visitou duas casas no referido condomínio em São Paulo, as quais estavam à venda, mas nenhuma delas de propriedade do depoente”.

    À CNN, o ex-ministro alegou que “sempre falou a verdade e mantém suas declarações”.

    (*Com informações de Bruna Macedo, Basília Rodrigues e Gabriel Hirabahasi, da CNN)

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