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    Wajngarten confirma envio ao governo de carta da Pfizer, revelada pela CNN

    Existência do documento endereçado em setembro de 2020 ao presidente Jair Bolsonaro e a seus ministros foi antecipada pelo colunista Caio Junqueira em janeiro

    Murillo Ferrari, da CNN, em São Paulo, e Bia Gurgel, da CNN, em Brasília

    O ex-secretário de Comunicação Social da Presidência da República Fabio Wajngarten confirmou nesta quarta-feira (12), à CPI da Pandemia, a existência de carta enviada pela farmacêutica norte-americana Pfizer em setembro de 2020 ao governo brasileiro oferecendo doses de sua vacina contra a Covid-19.

    Em janeiro, o colunista de política da CNN Caio Junqueira teve acesso com exclusividade ao documento encaminhado pelo CEO mundial da Pfizer, Abert Bourla, ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

    “A carta existe. Eu disse que a quantidade de vacinas não era 70 milhões. Ela foi enviada em 12 de setembro”, disse o ex-secretário, ao ser questionado pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL) sobre a existência do documento.

    “As propostas da Pfizer no começo da conversa, ela falava em irrisórias 500 mil vacinas”, disse o ex-secretário –  cópia do documento apresentada por ele à CPI, no entanto, não faz menção a uma quantidade específica do medicamento.

    Questionado sobre a quem o documento havia sido endereçado, Wajngarten disse que a carta tinha como destinatário o presidente Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o então ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto.

    Ao ler o documento, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que o documento também tinha como destinatários o vice-presidente, Hamilton Mourão,  e o embaixador do Brasil para os EUA, Nestor Forster Jr.

    “Eu recebi essa carta em 9 de novembro, e até esse dia ninguém havia respondido essa carta.”

    Fabio Wajngarten
    Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação Social da Presidência da República, fala na CPI da Pandemia
    Foto: Reprodução/CNN Brasil (12.mai.2021)