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    Waack: Quem vai coordenar o combate ao crime organizado?

    Mas quem deveria cuidar do combate a isso tudo? O poder de polícia na Federação Brasileira está nos estados e, em parte, também em municípios

    William Waack

    Segurança pública é hoje o assunto de maior preocupação – junto da sempre presente inflação – na cabeça do público em geral. Consequentemente, do eleitor em particular. E nesse âmbito – segurança pública – há dois níveis de preocupação.

    O primeiro é a percepção de violência, que é sempre maior nos grandes centros. Tem a ver com taxas de criminalidade, tais como assalto, furto, estupro.

    O outro âmbito de preocupação com segurança pública está relacionado ao crime organizado. Vastas áreas geográficas do país são dominadas há décadas pelo crime. Que mais recentemente ameaça de maneira abrangente a Amazônia, por exemplo.

    Outro lado relevante ligado ao crime organizado são os crimes financeiros, não só de lavagem de dinheiro. O impacto na economia já é bastante sensível, segundo o presidente do Banco Central. Assusta empresas, aumenta os custos, leva a uma alocação de recursos públicos distorcida e tem impacto até no spread bancário – portanto, nos juros cobrados ao tomar de empréstimo.

    Mas quem deveria cuidar do combate a isso tudo? O poder de polícia na Federação Brasileira está nos estados e, em parte, também em municípios. Mas o que falta é uma instância central, com essa atribuição – e verbas condizentes, diz o novo ministro da Justiça.

    De jeito nenhum, dizem vários governadores. São os estados que sabem o que deve ser feito.

    O debate apenas começou. Seus estágios iniciais sugerem que o governo federal terá imensas dificuldades em conseguir o que propõe. Empresas começam a se mobilizar também, cobrando medidas concretas das várias instâncias.

    Talvez só se consiga efetivamente combater o crime organizado se a sociedade brasileira se mobilizar. É mais do que urgente.