Waack: Nenhuma surpresa nas reeleições para comandar o Congresso
Trocamos de presidente de um lado do espectro político para o lado completamente oposto; e Arthur Lira e Rodrigo Pacheco continuam onde estavam
Nenhuma surpresa nas reeleições para comandar o Congresso.
O resultado esperado das votações em favor de Arthur Lira (PP-AL), na Câmara dos Deputados, e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no Senado, colocou o Brasil numa posição inédita.
Trocamos de presidente de um lado do espectro político para o lado completamente oposto. E Arthur Lira e Rodrigo Pacheco continuam onde estavam. No caso de Arthur Lira, apoiado pelo PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo PL do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Trata-se, no fundo, de um reconhecimento do poder que tem o Legislativo entre os poderes. Especialmente em relação ao Executivo.
Um sistema de governo jaboticaba, entre quase parlamentarismo e semipresidencialismo.
Significa que o Centrão precisa ser abastecido constantemente com cargos e pedaços da máquina pública. Uma atividade incessante que se pode dizer que é a essência da política brasileira no momento.
Não houve surpresa nessas eleições, o que não significa dizer que se tem certezas. O teste de verdade dessa política sem surpresas é a aprovação de reformas e agendas que tirem o país da estagnação.
O teste está só começando.