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    Waack: Democracias vêm regredindo por todo o planeta

    Brasil é considerado uma democracia capenga pelo departamento de inteligência do "The Economist" por conta de mau funcionamento do governo e pouca cultura política

    William Waack

    O departamento de inteligência da respeitada publicação britânica “The Economist” divulgou, nesta quinta-feira (25), seu índice de democracia e conflitos. E os resultados não são bons.

    Estamos entrando numa Era de conflitos e, pela primeira vez nos últimos anos, democracias regrediram por toda parte, menos na Europa.

    Os Estados Unidos (EUA), por exemplo, entraram na categoria de democracias capengas por conta do processo eleitoral, com o Economist lançando uma perturbadora pergunta: as instituições democráticas americanas estão no ponto de ruptura?

    No restante das Américas, só há três democracias plenas, segundo a publicação: Canadá, Costa Rica e Uruguai.

    O Brasil é considerado uma democracia capenga por conta de mau funcionamento do governo e pouca cultura política, mas pontua bem em termos de processo eleitoral e liberdades civis.

    No mapa de conflitos e crime mundial, três países da América Latina estão entre os dez mais perigosos do mundo: México em terceiro, Brasil em sexto e Colômbia em décimo.

    E preocupa bastante, diz a unidade de inteligência do Economist, a possibilidade de uma grande conflagração mundial, cujos contornos já seriam visíveis, com a China explorando fortes ressentimentos entre países emergentes para fortalecer sua posição na rivalidade com os EUA, numa já feroz guerra econômica.

    Assim, dois terços da população do planeta vivem hoje em países que são neutros ou próximos da Rússia na guerra da Ucrânia, por exemplo.

    Diz o Economist que democracias tendem a não guerrear entre si, mas elas estão, como diz, em regressão.

    E o grande conflito mundial seria entre democracias e regimes autoritários.