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    William Waack

    Waack: Decisão do STF dificulta opções de Bolsonaro

    Ele deixou claro que seguirá o caminho já percorrido por seu principal adversário, Lula (PT), que, quando inelegível, esticou ao máximo sua influência até mesmo na indicação de um candidato

    William Waack

    As dificuldades de Jair Bolsonaro (PL) só estão começando, e não se trata apenas das questões jurídicas.

    Agora que se tornou réu no Supremo Tribunal Federal, acusado de tentativa de golpe de Estado, são as dificuldades políticas que se destacam. A julgar pela conduta dos ministros do STF até aqui, apenas um milagre de natureza desconhecida poderá livrar Bolsonaro de uma condenação — e, consequentemente, da inelegibilidade permanente.

    Ainda assim, ele adotou oficialmente a postura de vítima de perseguição política. Mas até que ponto essa estratégia o beneficia? O espectro de centro-direita abrange a maior parte do eleitorado brasileiro, e, dentro dele, Bolsonaro é um cabo eleitoral de grande peso, embora não domine, dirija ou conduza essa ampla parcela de eleitores como gostaria.

    Ele deixou claro que seguirá o caminho já percorrido por seu principal adversário, Lula (PT), que, quando inelegível, esticou ao máximo sua influência até mesmo na indicação de um candidato. Nos últimos oito anos, a polarização se consolidou, mas tanto Lula quanto Bolsonaro já não brilham como antes. Ambos enfrentam dificuldades para endossar herdeiros políticos e coordenar forças aliadas.

    A polarização que persiste no cenário político já cansa boa parte do eleitorado. O contexto em torno do julgamento de Bolsonaro lhe ofereceu a oportunidade de se apresentar como vítima de perseguição. No entanto, ser visto como vítima é uma coisa; ser considerado uma alternativa viável de poder é outra.

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