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    Waack: Da festinha ao festão na posse do STF

    O advogado Cristiano Zanin, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o STF, assumiu nesta quinta-feira (3) como ministro

    Lula cumprimenta Cristiano Zanin durante posse no STF
    Lula cumprimenta Cristiano Zanin durante posse no STF Foto: ANDRE VIOLATTI/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

    O advogado de Lula, Cristiano Zanin, tomou posse hoje como o mais novo ministro do Supremo.

    Lula, em breve, terá mais uma nomeação para o Supremo, com a aposentadoria da atual presidente, Rosa Weber.

    Não é apenas isso.

    Uma inédita conjunção de fatores, digamos assim, deu a Lula a oportunidade de nomear mais três ministros para o Supremo Tribunal de Justiça, dois para o Tribunal Superior Eleitoral e vários integrantes de tribunais federais regionais, sem falar do procurador-geral da República.

    Lula pode, senão alterar, pelo menos influenciar bastante o perfil dos principais órgãos de justiça no país.

    Quais serão os critérios?

    O ministro que tomou posse hoje foi uma escolha pessoal, mas ele foi personagem importante no drama da Lava Jato.

    E tem sido a Lava Jato o “antes ou depois de Cristo” para os operadores no campo do direito — e para os políticos também.

    Portanto, para Lula, quem o presidente prefere como procurador-geral da República?

    Alguém com perfil independente ou com perfil de servilismo frente ao presidente?

    Somos obrigados a reconhecer que o peso político dos tribunais superiores assumiu tal proporção a ponto de o presidente do Congresso acusar o Supremo, poucas horas atrás, de atropelar o Legislativo em matéria de piso de enfermagem e descriminalização das drogas.

    E é só o exemplo mais recente.

    Há 34 anos, a posse no STF do saudoso Paulo Brossard, um duro crítico da ditadura militar, foi comemorada depois em casa com salgadinhos trazidos pela esposa — e alguns visitantes ilustres.

    A de Zanin, com uma mega-festa depois de um beija-mão da República inteira que durou mais de três horas.

    E foram só 34 anos entre uma posse e outra.