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    William Waack

    Waack: Confronto entre tese jurídica do golpe e ação política de Bolsonaro

    O que vamos viver agora será o confronto entre a tese jurídica da tentativa de golpe e a campanha política do ex-presidente de que nunca se chegou perto disso

    William Waack

    Jair Bolsonaro e alguns militares de alta patente foram denunciados agora pelo procurador-geral da República pelo crime de tentativa de golpe de Estado.

    Crime, houve, afirma a peça acusatória, mencionando artigos do Código Penal segundo os quais a simples tentativa de atentar contra as instituições democráticas é crime.

    Jair Bolsonaro, segundo a Procuradoria-Geral da República, foi o líder do plano de golpe de Estado. Que só não deu certo, ainda segundo a acusação, pelo fato de comandantes militares de regiões e o comandante do Exército terem se recusado a participar.

    Outras 33 pessoas são acusadas, entre elas antigos comandantes militares e o general Augusto Heleno, que integrou o governo em várias funções.

    A peça de acusação é inteiramente baseada na investigação da Polícia Federal e coloca os atos de 8 de janeiro como a última esperança da organização criminosa — como a PGR denomina os denunciados — de conseguir ainda reverter o resultado da eleição de 2022.

    A afirmação central da acusação contra Bolsonaro era a de que ele não só tinha conhecimento do que estava sendo preparado por seus auxiliares, mas liderou essas articulações.

    A denúncia apresentada pelo procurador-geral da República ao STF reúne outras investigações contra Bolsonaro. Ele será julgado agora numa das turmas do Supremo, em relação ao qual há poucas dúvidas de que será condenado.

    O que vamos viver agora será o confronto entre a tese jurídica da tentativa de golpe e a campanha política do ex-presidente de que nunca se chegou perto disso.

    A não ser que o Congresso, de alguma forma, aprove peças que concedam anistia, é remota hoje a possibilidade de que Bolsonaro possa se candidatar em 2026.

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