Waack: Bolsonaro continua com ‘frescura’ político-eleitoral sobre decisão do STF
Jornalista usou termo escolhido pelo presidente em discurso para analisar a alegação de que o Supremo limitou poderes do Executivo na coordenação da pandemia
No quadro CNN Poder desta sexta-feira (5), na CNN Rádio, William Waack fala sobre a mudança no Ministério da Saúde, que deixou de “mimimi” e partiu para a compra das vacinas contra Covid-19.
Ele também destacou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) continua com uma “frescura” político-eleitoral. Os dois termos escolhidos pelo jornalista são referências a palavras usadas pelo próprio presidente em discurso, na quinta-feira (4), ao comentar o momento da pandemia no país.
“Que bom ver que o governo largou de ‘mimimi’ e partiu para uma campanha frenética de compras de vacina, exatamente o que, antes, por causa de ‘mimimi’ diziam que não iam fazer”, disse Waack.
Ele destacou também o que chamou de fim do “mimimi” em relação à origem da vacina, mas disse que o problema persiste em relação a cláusulas nos contratos com as produtoras dos imunizantes.
“Por exemplo: cláusulas de exclusividade, cláusulas de entrega, de responsabilidade e por aí vai. Mas o mimimi do governo está acabando, e isso é bom.”
Ele destacou ainda o que chamou de “frescura” do presidente Bolsonaro, usando a mesma linguagem empregada pelo político.
“Ele (Bolsonaro) vem com essa frescura de dizer que tomaram o poder dele, que se não fosse o [Supremo Tribunal Federal] STF ele, Jair Bolsonaro, teria condições de botar na mesa um plano, e realizar. É frescura político-eleitoral da parte dele. Não tomaram o poder dele coisa nenhuma. O que faltou foi liderança política e capacidade de coordenação”, afirmou.
“Mas estamos progredindo. Bolsonaro pediu para parar com o mimimi e notamos que o próprio governo está parando.”