Visita aos povos do Xingu e a Raoni é a mais importante que fiz, diz Lula
Presidente da República disse que já se encontrou com "mais de 120" líderes mundiais, mas nenhuma reunião superou encontro com lideranças indígenas no Parque Nacional do Xingu


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou lideranças indígenas no Parque Nacional do Xingu, nesta sexta-feira (4), e disse que encontro foi o “mais importante” que fez até o momento.
“Já viajei muito o mundo. Já encontrei com mais de 120 presidentes, com reis, rainhas, imperadores. Mas nenhuma dessas pessoas que eu encontrei, desses palácios que visitei, é mais importante do que a visita que estou fazendo aos povos indígenas do Xingu e ao companheiro Raoni”, afirmou.
“Somos um governo que respeita os povos indígenas, reconhece seus direitos e trabalha dia e noite, noite e dia para que sejam assegurados. Respeitamos, reconhecemos e também admiramos e amamos seus saberes e sua cultura”, continuou.
Já viajei muito o mundo. Já encontrei com mais de 120 presidentes, com reis, rainhas, imperadores. Mas nenhuma dessas pessoas que eu encontrei, desses palacios que visitei, é mais importante do que a visita que estou fazendo aos povos indígenas do Xingu e ao companheiro Raoni
— Lula (@LulaOficial) April 4, 2025
Exploração de petróleo
Durante visita no Xingu, Lula ouviu do cacique Raoni que o governo precisa se esforçar para proteger o meio ambiente.
Nesse contexto, o líder do povo Kayapó, reconhecido internacionalmente pela luta das causas indígena e da Amazônia, aconselhou o presidente a não explorar petróleo na Foz do Rio Amazonas, na Margem Equatorial.
“Estou sabendo que, na Foz do Amazonas, o senhor está pensando no petróleo que tem lá debaixo do mar. Eu penso que não [deveria explorar]. Porque essas coisas, da forma como estão, garantem que a gente tenha um meio ambiente, a terra com menos poluição e menos aquecimento”, disse Raoni, com ajuda de um intérprete.
Conforme mostrou a CNN, o governo Lula prepara uma ofensiva em torno da defesa da exploração de petróleo na Margem Equatorial.
*Sob supervisão de Douglas Porto