Valdemar diz que não há possibilidade de Lira negar apoio ao PL no Senado
Afirmação foi feita após jantar de confraternização do partido; presidente da Câmara esteve presente, mas não se pronunciou
O presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, afirmou na noite dessa terça-feira (29) que não há a menor possibilidade de o presidente da Câmara dos deputados, Arthur Lira (PP), negar apoio à indicação do PL à presidência do Senado, porque foi firmado um acordo.
“A gente apoia ele lá e ele apoia a gente aqui”, se referindo à tentativa de reeleição de Lira na Câmara. O indicado do PL para chefe do Legislativo deve ser o senador eleito Rogério Marinho (RN).
A afirmação foi feita após um jantar de confraternização da legenda, que reuniu mais de uma centena de integrantes do partido. O objetivo foi apresentar os antigos parlamentares aos novos, que estarão no Congresso a partir de fevereiro do ano que vem.
Lira esteve nesse jantar de mais de três horas em um restaurante de luxo no Setor de Clubes Sul em Brasília. Na chegada, o presidente da Câmara foi hostilizado por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), acusado de omisso, traidor e covarde por eles. Na saída, Arthur Lira não quis dar declarações a jornalistas.
Segundo o governador eleito de Santa Catarina, Jorginho Melo (SC) e o senador Marcos Rogério (RO), que participaram do jantar, Arthur Lira pediu votos.
De acordo com parlamentares que estiveram no jantar, a questão “política”, como PEC do Estouro e eleições no Congresso, não foi discutida. Porém, segundo o líder do PL na Câmara, o deputado Altineu Cortês, o partido não deve se opor ao pagamento de 600 reais do Bolsa Família por até um ano.
O texto protocolado no Senado pede quatro anos. O conteúdo ainda vai ser discutido com a bancada do Partido Liberal.
Uma reunião da legenda está marcada para a próxima quarta-feira, dia 7 de dezembro às 9h.
PL quer comissão de constituição e justiça ou relatoria do orçamento na Câmara
Na saída do jantar, Valdemar Costa Neto disse não ver problemas em estar no mesmo bloco do PT na Câmara para divisão de comissões e eleição da mesa diretora.
“Dentro da Câmara, não existe isso, dentro da Câmara existe interesse. E a situação é diferente. Isso não quer dizer que amanhã nós vamos votar com o PT. O partido [PL] quer a CCJ ou a relatoria do orçamento da Casa. Uma ou outra posição”, ressaltou.
