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    Um responsável por ataque ao Siafi foi identificado, afirma Haddad

    Investigação acontece sob sigilo; governo federal estima que invasão ao sistema pode ter causado prejuízo de cerca de R$ 3,5 milhões

    Gabriela Pradoda CNN

    Brasília

    O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que pelo menos um dos responsáveis pelo acesso indevido ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) já foi identificado.

    Contudo, o ministro disse desconhecer a identidade do suspeito, uma vez que a investigação corre sob sigilo.

    “Não acredito que esteja completo o ciclo de investigação. Ela teve início e parece que um dos responsáveis já foi identificado. Eu não tenho nomes, porque a investigação está sendo feita sob sigilo justamente para evitar que as coisas não cheguem ao fim”, disse o ministro a jornalistas.

    Nesta segunda-feira (22), fontes da Polícia Federal (PF) confirmaram que há uma investigação de supostos desvios feitos após ataques ao sistema.

    O governo federal estima que a invasão Siafi pode ter causado um prejuízo de cerca de R$ 3,5 milhões a partir de operações irregulares de pagamentos. O sistema é gerido pela Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda.

    A apuração até agora aponta que ao menos 16 senhas de servidores foram utilizadas indevidamente para acesso à plataforma de pagamentos do governo. Além disso, já foram identificados mais de 200 credores alvos de tentativa de pagamentos indevidos.

    Segundo a CNN apurou, não há a confirmação de que os invasores tiveram êxito em todas as tentativas. Parte das operações irregulares teriam sido barradas antes de efetivadas.

    No governo, a desconfiança é que a invasão tenha sido feita por uma técnica chamada “phishing”, quando um usuário clica em link sem saber que será alvo de roubo de informações.

    Para fazer a operação de pagamento, são necessários três servidores com acesso ao Siafi. Um responsável pelo pedido, outro que faz uma autorização no meio do processo e ainda um último que dá aprovação final.

    A partir disso, integrantes do governo concluíram que em cada fraude houve a invasão de senhas de pelo menos três pessoas.

    Integrantes da administração federal afirmam que após a identificação das invasões, uma das medidas foi a exigência do certificado digital para liberação de pagamentos. A mudança trouxe uma “barreira” a mais contra as fraudes.