“Um metalúrgico saiu daqui da porta de fábrica para consertar o país”, diz Lula durante evento no ABC Paulista
Presidente acompanhou anúncio de adicional de R$ 9 bilhões em investimentos da Volkswagen na América Latina até 2028
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que houve um desmonte das políticas públicas nos últimos 6 anos, se referindo aos períodos dos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL). A declaração foi dada nesta sexta-feira (2) durante visita à fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.
“Esse país não foi governado nos últimos quatro anos. Este país foi desmontado. Porque quase todas as políticas públicas que nós construímos de 2003 a 2015 foi desmontada. Não teve mais investimento. Foram seis anos de desmonte do que nós tínhamos construído”, afirmou o presidente.
Ao lado do vice-presidente Gerado Alckmin (PSB), Lula entrou na fábrica em um conversível da marca, repetindo o que fez nas visitas de 2003 e 2005 na fábrica Anchieta.
Emocionado durante discurso aos funcionários da empresa, Lula ressaltou a trajetória que começou em São Bernardo do Campo. “Um metalúrgico saiu daqui da porta de fábrica para consertar o país”, afirmou Lula.
O presidente acompanhou o anúncio da Volkswagen de um investimento adicional de R$ 9 bilhões na produção de veículos no América Latina entre 2026 e 2028. Com isso, o aporte chega a R$ 16 bilhões entre 2022 e 2028.
A última visita de Lula à fábrica de São Bernardo do Campo ocorreu em 2005, quando a empresa atingiu a produção de 15 milhões de veículos no país.
O presidente destacou que o setor automotivo está aquecido. “Fico feliz de vir à Volkswagen e ouvir sobre um investimento de R$ 16 bilhões até 2028. Mas não é só a Volks. O setor automotivo está anunciando R$ 41 bilhões em investimentos. Esse país voltou a ser levado em conta”, afirmou.
O presidente da Volkswagen no Brasil, Ciro Possobom, ressaltou a relação do presidente com a empresa. “O presidente Lula sempre esteve muito presente na história da nossa marca, seja como líder sindical, seja como presidente da República”, afirmou.
Ao falar da relação afetiva do brasileiro com a marca, Alckmin — também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços — brincou com um dos ícones da empresa na segunda metade do século 20. “Como era bom namorar dentro de um Fusca”, afirmou Alckmin.
