Mudança na composição do TSE pode empurrar pra junho decisão sobre inelegibilidade de Bolsonaro
Fontes do TSE acreditam que mudança na composição do Tribunal pode empurrar decisão
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode decidir postergar a decisão sobre a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para junho ou agosto, afirmam fontes ligadas à corte.
Isso porque duas vagas do tribunal serão abertas entre 17 e 18 de maio, quando os juristas e ministros Sérgio Banhos e Carlos Horbach devem deixar os cargos. Horbach, porém, ainda pode ser reconduzido por mais dois anos. Em julho, não há sessões previstas na corte.
Interlocutores avaliam que não faria sentido começar uma votação com risco de ela ser interrompida por um pedido de vista e retomada com novos ministros.
A corte ainda deverá contar com a chegada de Kassio Nunes Marques, para a vaga de Ricardo Lewandowski, que se aposentou nesta semana. Apesar de ter sido indicado por Bolsonaro, internamente, ministros do TSE acreditam que Nunes dará um voto mais técnico, buscando aproximação com os demais membros do tribunal.
Fontes consultadas pela reportagem apontam que a dúvida maior está no voto do ministro Raul Araújo, que pelo histórico de votos mais conservadores, “tenderia ser menos rigoroso”.
Nesta quarta-feira (13), o Ministério Público Eleitoral (MPE) se manifestou a favor da inelegibilidade de Bolsonaro e afirmou que o discurso do ex-presidente na reunião com embaixadores em julho do ano passado, no Palácio da Alvorada, representou um ataque às instituições eleitorais com objetivo de abalar a confiança do eleitorado.
A matéria está pronta pra ser votada após o ministro relator do caso, Benedito Gonçalves indicar seu voto.