TSE amplia proibição de discursos de presidente Bolsonaro em campanha
Proibição de uso eleitoral de discursos do 7 de Setembro, do funeral da rainha em Londres e da Assembleia da ONU já era esperada pela equipe bolsonarista; preocupação maior é com julgamento de mérito dos casos



A decisão do Tribunal Superior Eleitoral de proibir o uso do discurso do presidente Jair Bolsonaro, pela morte da rainha Elizabeth II, em Londres, na campanha amplia a atuação da justiça eleitoral contra o uso político de atos de Bolsonaro como presidente.
A tendência em plenário é que os ministros do TSE se unam em torno de um mesmo entendimento de que o presidente estaria utilizando de sua posição, que lhe permite participar de agendas em nome do Brasil, para ganhar votos na disputa eleitoral.
O tribunal já barrou uso de imagens do 7 de Setembro na propaganda política e também das declarações de Bolsonaro na abertura da Assembleia-Geral da ONU.
Na avaliação de alguns ministros da corte eleitoral, ouvidos pela CNN, essa mistura entre compromissos institucionais do presidente e agenda de campanha desequilibra a corrida ao Palácio do Planalto, já que outros candidatos não teriam condições iguais de participar e discursar nos mesmos eventos. Por isso, a rapidez em proibir o uso das imagens.
A retirada dessas imagens do ar já era esperada pela equipe bolsonarista. A preocupação maior é com o julgamento de mérito dos casos, que ainda não tem data definida, e pode impor uma derrota mais dura à campanha, resultando na aplicação de multa, cassação de chapa ou até mesmo inelegibilidade.
Este é o ponto de maior repercussão de todos esses casos. As ações foram propostas pelas candidaturas de adversários, são as chamadas AIJEs, Ações de Investigação Judicial Eleitoral.
Entre a decisão liminar e a de mérito, haverá a produção de provas e apresentação de alegações finais. Integrantes da equipe jurídica de Bolsonaro afirmam não ser possível prever se o TSE adotará a punição mais pesada, mas acreditam que nada está descartado.
Debate
As emissoras CNN e SBT, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja, o portal Terra e a rádio NovaBrasilFM formaram um pool para realizar o debate entre os candidatos à Presidência da República, que acontecerá no dia 24 de setembro.
O debate será transmitido ao vivo pela CNN na TV e por nossas plataformas digitais.
Fotos — Os candidatos e as candidatas a vice-presidente em 2022
- 1 de 11
Ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) é candidato a vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) • Gustavo Magnusson
- 2 de 11
General Braga Netto (PL), ex-ministro da Casa Civil e ex-ministro da Defesa, é o candidato a vice na chapa do presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição • Carolina Antunes
- 3 de 11
Ana Paula Matos (PDT), vice-prefeita de Salvador, é a candidata a vice-presidente na chapa "puro sangue" de Ciro Gomes • Reprodução Twitter
-
- 4 de 11
A senadora Mara Gabrilli (PSDB) compõe uma chapa 100% feminina como vice de Simone Tebet (MDB) • Gerdan Wesley
- 5 de 11
Marcos Cintra (União Brasil) atuou, durante o Governo Bolsonaro, como secretário da Receita Federal e é o vice na chapa da presidenciável Soraya Thronicke (União Brasil) • José Cruz/Agência Brasil
- 6 de 11
Tiago Mitraud (Novo), que está em fim de mandato como deputado federal, é o vice na chapa "puro sangue" de Felipe d'Avila (Novo) à Presidência
-
- 7 de 11
A indígena Kunã Yporã, ou Raquel Tremembé, do PSTU, é da tribo Tremembé e é vice na chapa 100% feminina de Vera Lúcia (PSTU) à Presidência • Divulgação PSTU
- 8 de 11
Samara Martins (UP) é dentista do SUS e candidata a vice na chapa de Leonardo Péricles (UP) • Thiago Melo / Reprodução Instagram
- 9 de 11
Antonio Alves (PCB) é jornalista e vice na chapa de Sofia Manzano (PCB) • Reprodução/ PCB / Wikimedia Commons
-
- 10 de 11
Pastor Luiz Cláudio Gamonal (PTB) é vice de Kelmon Souza (PTB) • PTB
- 11 de 11
João Barbosa Bravo (DC), economista e ex-prefeito de São Gonçalo (RJ), é o candidato a vice-presidente na chapa de Eymael • Divulgação