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    TSE condena Braga Netto e torna ex-ministro de Bolsonaro inelegível

    Braga Netto foi candidato a vice de Bolsonaro na eleição presidencial de 2022; ação acusava dupla de abuso durante a campanha

    Braga Netto e Bolsonaro foram condenados pelo TSE
    Braga Netto e Bolsonaro foram condenados pelo TSE 18/02/2020 - Valter Campanato/Agência Brasil

    Lucas MendesDouglas Portoda CNN

    em Brasília e São Paulo

    O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) formou maioria, nesta terça-feira (31), para condenar o ex-ministro Walter Braga Netto (PL).

    Agora, Braga Netto está inelegível, assim como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que também foi condenado pela Corte Eleitoral.

    O ex-presidente já estava inelegível por um outro processo em que ele havia sido condenado no TSE.

    O julgamento

    Foram julgadas três ações pelas condutas de Bolsonaro e de seu candidato a vice, Braga Netto, durante as cerimônias do Bicentenário da Independência, em 7 de setembro de 2022, em meio à eleição presidencial.

    A votação

    Foram cinco votos pela condenação de Braga Netto:

    • Floriano de Azevedo Marques
    • André Ramos Tavares
    • Cármen Lúcia
    • Alexandre de Moraes
    • Benedito Gonçalves (relator)

    Foram contra:

    • Raul Araújo
    • Nunes Marques

    Mudança de voto

    Relator do caso, o ministro Benedito Gonçalves decidiu mudar seu voto. Inicialmente, ele havia votado para inocentar Braga Netto.

    Mas, na sessão desta terça-feira (31), decidiu reajustar o voto “no que tange à conclusão do segundo investigado [Braga] para declarar sua inelegibilidade”.

    Ex-presidente

    No caso de Bolsonaro, Araújo e Nunes Marques votaram contra a condenação.

    Acusação de abuso

    Nestas ações, Bolsonaro e Braga Netto são acusados de abuso de poder político e econômico, e uso indevido dos meios de comunicação por supostamente terem beneficiado suas candidaturas com a participação nos eventos oficiais do bicentenário da Independência, em 7 de setembro.

    As solenidades foram feitas em Brasília e no Rio de Janeiro, custeados com dinheiro público e transmitidas pela TV Brasil.

    Nos eventos, Bolsonaro participou de atos de campanha que haviam sido montados de forma próxima e paralela aos eventos oficiais.

    As ações foram movidas pelo PDT e pela senadora e então candidata a presidente Soraya Thronicke (Podemos), que argumentaram ter havido desvirtuamento na finalidade dos eventos e uso do aparato do evento oficial para beneficiar ato de campanha.

    O que diz a defesa?

    A defesa de Bolsonaro e Braga Netto disse a jornalistas, ao final de julgamento, que vai esperar a publicação do acórdão para analisar a apresentação de algum tipo de recurso. “Respeitamos totalmente as decisões do TSE”, falou o advogado Tarcísio Vieira de Carvalho.