Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Transição de governo discute transferir segurança presidencial para a PF

    CNN revelou em novembro que dirigentes petistas têm defendido retirar do GSI a ascendência sobre a Agência Brasileira de Inteligência e o status ministerial

    Gustavo Uribe

    A equipe de transição do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) considera transferir do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) para a Polícia Federal a função de promover a segurança do presidente da República.

    A ideia tem sido defendida por integrantes do grupo de segurança pública, mas encontra resistência entre generais da reserva próximos ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, para os quais poderia representar um desprestígio para as Forças Armadas, já que a pasta é controlada por militares.

    Hoje, o GSI é sediado no Palácio do Planalto e é responsável pela segurança do presidente, pela análise de questões com potencial de risco e pela coordenação de atividades de inteligência federal.

    A CNN revelou em novembro que dirigentes petistas têm defendido retirar também da pasta a ascendência sobre a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o status ministerial.

    A mudança na segurança do presidente seria motivada por uma questão de cautela de dirigentes petistas devido ao alinhamento de Jair Bolsonaro com as Forças Armadas durante o seu mandato.

    Em 2015, no segundo mandato de Dilma Rousseff (PT), a pasta foi incorporada pela Secretaria de Governo, perdendo o status ministerial, que lhe foi devolvido por Michel Temer.

    Para o terceiro mandato de Lula, dirigentes petistas têm defendido que o gabinete volte a ter formato de Casa Militar, como era antes de 1999, respondendo diretamente à Presidência da República.

    A avaliação feita à CNN é de que a perda do status ministerial poderia servir como um gesto político, já que o segmento militar ampliou a sua participação no primeiro escalão do governo federal durante a gestão de Bolsonaro.

    A ideia seria, assim, fazer uma espécie de contraponto à atual gestão, com uma Esplanada dos Ministérios formada apenas por nomes civis.

    A perda do status ministerial também não é consensual no governo de transição. Há um receio de que o gesto possa ser interpretado como um revanchismo pelo Alto Comando das Forças Armadas, criando resistência desnecessária com a nova gestão.

    O principal cotado para o novo GSI é o general Marco Edson Gonçalves Dias.

    Tópicos