Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Torres troca advogado de família Bolsonaro por defensor da ala de Ibaneis

    Objetivo do ex-ministro, que está preso, é desassociar sua imagem do ex-presidente

    Elijonas MaiaPedro Teixeirada CNN

    Brasília

    O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres trocou, nesta quinta-feira (30), o advogado que o defende de suposta omissão nos atos de vandalismo do dia 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram atacadas e depredadas.

    Torres destituiu o advogado Rodrigo Roca, que foi seu secretário Nacional Consumidor durante a gestão à frente do Ministério da Justiça e advogado de Flávio Bolsonaro, senador e filho do ex-presidente.

    Rodrigo Roca também está na defesa do coronel Mauro Cid, principal ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro, e o acompanhará no depoimento sobre o caso das joias sauditas, na próxima semana, em Brasília.

    Quem assume a defesa de Torres a partir desta quinta é Eumar Novacki. O advogado foi chefe da Casa Civil do governador do DF Ibaneis Rocha (MDB) e secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na gestão de Michel Temer (MDB).

    A CNN apurou que, com a mudança, o ex-ministro quer desassociar a imagem dele do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e tentar, novamente, uma revogação da prisão preventiva a qual foi submetido. Quando Ibaneis Rocha foi reconduzido ao cargo por determinação de Moraes, após afastamento, Torres começou a analisar o cenário e na hipótese de mudança.

    Investigação

    O ex-ministro é investigado por suspeita de omissão durante os atos criminosos cometidos no dia 8 de janeiro nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, quando os prédios foram atacados e depredados. À época, Torres era secretário de Segurança do DF.

    Nos depoimentos que deu à Justiça e à PF por quase dez horas, nos dias da prisão e 3 de fevereiro, o ex-secretário negou todas as acusações.

    Em fevereiro, a defesa dele pediu a revogação da prisão preventiva, mas o ministro Alexandre de Moraes manteve a decisão.