Temer intercede por insumos com a China e decide não ‘furar fila’ da vacina
Ex-presidente ligou para o ex-embaixador chinês no Brasil durante o seu governo, Li Jinzhang
A pedido de empresários e integrantes do governo paulista, o ex-presidente Michel Temer (MDB) entrou em campo na negociação diplomática para ajudar a liberar insumos da China para a produção das vacinas Coronavac e de Oxford no Brasil.
Nessa terça-feira (19), Temer ligou para o ex-embaixador chinês no Brasil durante o seu governo, Li Jinzhang. Segundo apurou a CNN, na conversa, tentou ressaltar a boa relação que o Brasil tem com os chineses e pediu ajuda na liberação dos insumos.
Procurada, a assessoria de imprensa do ex-presidente confirmou a ligação e acrescentou que ele fez questão de comunicar a ligação ao atual embaixador da China em Brasília, Yang Wanming. Os dois também devem conversar em breve sobre o assunto.
‘Fura fila’
Além de entrar na articulação pelos insumos, Temer tomou outra decisão relacionada à vacina: não pretende “furar a fila” e se vacinar antes junto a outros ex-presidentes da República com a Coronavac, como convidou o governador paulista, João Doria (PSDB).
Segundo assessores, o emedebista já avisou a decisão a Doria, que organiza um evento para vacinar ex-presidentes, em uma tentativa de reforçar a segurança da vacina. Temer, que tem 80 anos, vai esperar para se vacinar quando seu grupo for chamado.
Auxiliares do ex-presidente brasileiro justificam que a avaliação do emedebista foi de que se vacinar antes passaria uma mensagem ruim de privilégio a políticos. Como já é idoso, Temer deve se vacinar nas primeiras fases da campanha de imunização.