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    ‘Tem que provar’, afirma Ibaneis sobre suspeita de má qualidade de testes

    Em abril, o governo do Distrito Federal admitiu erro no resultado de exames que deram positivo

    Basília Rodrigues e Igor Gadelha, da CNN, em Brasília

    O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), afirmou à CNN na manhã desta quinta-feira (2) que, em tempos de pandemia, acontece de tudo e que é preciso comprovar se os testes de coronavírus usados na capital federal são de baixa qualidade. “Tem que provar”, afirmou o governador, dizendo que vai aguardar as apurações. 

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    Ibaneis Rocha não irá rever o plano de flexibilizar o isolamento social, apesar da operação levantar suspeitas sobre a testagem.

    O emedebista afirmou também que não pretende afastar, por ora, os servidores do governo alvos de operação Falso Negativo, deflagrada mais cedo para investigar corrupção na compra desses kits de testes para diagnóstico da Covid-19.

    “Pelo menos por enquanto não (pretendo afastar). Preciso ver o grau de envolvimento. Pode ter sido uma licitação regular, onde os vendedores são os únicos culpados”, afirmou o governador à CNN. “Tomara que apurem e prendam os culpados. Afinal, com tantas pessoas sofrendo, ainda aparecem espertinhos”, emendou.

    Ibaneis, que demitiu um secretário da Saúde no início da pandemia, afirmou confiar em todos funcionários do governo e disse que não há o que duvidar do atual secretário da pasta, Franscisco Araújo, porque ele não foi alvo de buscas. Desde cedo, Araújo está envolvido com a operação e evitou falar com a imprensa. 

    Em abril, o governo do Distrito Federal admitiu erro no resultado de exames que deram positivo. Na ocasião, as pessoas foram convocadas para novos exames. Na operação de hoje, a suspeita é que os exames tenham tendência a dar resultado falso negativo.

    A operação busca cumprir 81 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a servidores públicos e empresários envolvidos na compra desses produtos, além de sócios e farmácias. 

    Em Brasília, os alvos são laboratórios particulares, o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) e a Farmácia Central, ambos ligados à Secretaria de Saúde do DF, além de endereços de empresários e servidores públicos. O prejuízo estimado na capital federal é de R$ 10 milhões.

    Entre os alvos, estão o subsecretário de Administração Geral da Secretaria de Saúde do DF, Iohan Andrade Struck, e o diretor do Laboratório Central do DF, Jorge Antônio Chamon Júnior. Segundo investigadores, servidores da pasta se organizaram para fraudar licitações e comprar testes com preços superfaturados.

    Em nota, a Secretaria de Saúde do DF disse que “todos os testes adquiridos, recebidos por meio de doações ou enviados pelo Ministério da Saúde, têm o certificado da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, portanto, foram testados e aprovados pelo órgão federal”.

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