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    Teich elogia escolha de Queiroga: ‘Ter formação em saúde faz diferença’

    À CNN, ex-ministro da Saúde avaliou cenário que sucessor de Pazuello encontrará, com vacinas em ritmo lento e contágio acelerado; confira a entrevista

    Produzido por Jorge Fernando Rodrigues, da CNN, em São Paulo

    O ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, analisou nesta segunda-feira (15), em entrevista à CNN, a escolha do cardiologista Marcelo Queiroga para substituir Eduardo Pazuello no comando da pasta, e afirmou que o novo ministro é bem capacitado para os desafios que enfrentará diante da pandemia de Covid-19. Para Teich, ter um médico à frente do ministério novamente “faz a diferença”.

    “Acredito que ele vai trazer uma formação, uma história, um conhecimento em saúde que pode ajudar a gente a sair de uma forma menos sofrida da que estamos passando. Acredito nisso e torço muito por ele. Tudo de bom para o Queiroga, que tudo dê certo para ele e para o Brasil”, disse Teich.

    Ter uma pessoa que tem formação e gestão em saúde num momento como esse faz diferença

    Nelson Teich, ex-ministro da Saúde

    Para Teich, apesar de capacitado, Queiroga enfrentará um cenário desafiador, diante do agravamento da pandemia no Brasil, e precisará lidar com um cenário de “incerteza” nos próximos meses. 

    “Nunca tivemos uma situação de tanta incerteza e desconhecimento, é uma gestão extremamente desafiadora.  O cenário ideal é deixar as pessoas no isolamento maior enquanto vacina. Como o programa de vacinação deve demorar a deslanchar, estamos falando de meses de doença sem controle”, disse o ex-ministro.

    O ex-ministro da Saúde Nelson Teich (15.mar.2021)
    Foto: Reprodução/CNN

    Para Teich, um dos desafios a serem enfrentados é a realização de ações de distanciamento social que tenham efetividade no combate à disseminação do novo coronavírus. Para isso, segundo o ex-ministro, Queiroga precisaria do apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

    “Não vamos ter volume de vacina rápido para impactar a evolução da doença em pouco tempo, o único recurso é o distanciamento e a melhora da capacidade de atendimento da doença nos hospitais. Para isso, ele vai precisar do apoio do presidente, porque o distanciamento é a única ferramenta que ele vai ter.”

    O ex-ministro também afirmou que será necessário também avaliar a fundo a disseminação da Covid-19 na população. “Ele como gestor terá de mapear os cenários possíveis. Um deles é a presença de variantes que podem tornar a doença mais difícil de ser controlada”, disse. 

    A doença é imprevisível, você tem que construir o futuro, não adivinhar

    Nelson Teich, ex-ministro da Saúde