Tebet foi relegada ao 3º plano do futuro governo Lula, avalia cientista política

À CNN Rádio, Deysi Cioccari afirmou que ex-candidata à Presidência e senadora “foi deixada de lado” na composição ministerial
por: Amanda Garcia
A candidata derrotada à Presidência Simone Tebet (MDB) e o candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
A candidata derrotada à Presidência Simone Tebet (MDB) e o candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT).  • Reprodução/CNN

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A senadora e ex-candidata à Presidência Simone Tebet, do MDB, foi “deixada de lado” neste momento de composição ministerial, segundo a cientista política Deysi Cioccari.

Terceira colocada no pleito presidencial, a emedebista terá uma reunião nesta sexta-feira (23) com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

A expectativa é de que o petista ofereça dois ministérios para que ela escolha – Planejamento ou Meio Ambiente.

“Tebet começou o período eleitoral desacreditada, mas saiu maior do que entrou. Como toda mulher que tenta tomar espaços de poder, ela foi deixada de lado e deve entrar na cota pessoal do Lula”, disse Deysi, à CNN Rádio.

Cioccari avalia que o MDB deixou Tebet “desamparada”, já que ela não entra na cota do partido para integrar o governo.

A senadora queria chefiar a pasta de Desenvolvimento Social, mas foi preterida, “é um ministério muito poderoso, que pode cacifar um nome para 2026.”

De acordo com a cientista política, “é irrisório” que a parlamentar fique com o Meio Ambiente, já que a expectativa é de que Marina Silva chefie as demandas do setor.

“Para que o PT tem medo do que possa ser construído em torno do nome de Tebet. Ela está relegada nem a segundo, mas a terceiro plano”, opina.

Cioccari acredita que “falta autocrítica para o PT, na medida em que os ministérios anunciados por Lula estão tomados por quadros petistas.”

“Há falta de habilidade em manter coalizão mostrada na campanha eleitoral”, completou.

*Com produção de Nicole Fusco