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    Tebet é aconselhada a apresentar para Lula cardápio de condições para Planejamento

    Senadora resiste a aceitar a pasta, mas foi recomendada por um grupo de aliados a apresentar exigências na tentativa de vitaminar a pasta do segmento econômico

    Thais HerédiaGustavo Uribeda CNN

    A senadora Simone Tebet (MDB-MS) foi aconselhada a apresentar ao futuro presidente Luiz Inácio Lula da Silva um cardápio de condições para assumir o Ministério do Planejamento.

    A recomendação foi dada no final de semana por um grupo de aliados, para os quais, pelo formato atual, a pasta não seria benéfica para o futuro político da senadora, que foi candidata à sucessão presidencial neste ano.

    A lista incluiria sob o poder do Ministério do Planejamento os bancos públicos, a reforma administrativa, o PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) e a indicação de um conselheiro para o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

    Tebet também foi recomendada a solicitar a Lula uma espécie de carta branca para a função. Ou seja, de que não tenha suas decisões contestadas pela cúpula nacional do PT.

    A avaliação é de que, apenas com o controle da formatação da proposta orçamentária, o Ministério do Planejamento seria uma vitrine de desgaste para a senadora, que correria o risco de se transformar em um novo Joaquim Levy.

    O economista assumiu o Ministério da Fazenda de Dilma Rousseff, em 2015, e tinha suas posições favoráveis a um saneamento das contas públicas criticado por dirigentes petistas.

    Para evitar o mesmo cenário, Tebet foi aconselhada a apresentar a Lula, em encontro esperado para esta terça-feira (27), condições mínimas para que tenha independência no posto.

    As eventuais exigências enfrentam, no entanto, resistências entre dirigentes petistas, que defendem que o PPI fique a cargo da Casa Civil e que os bancos públicos sejam de responsabilidade do Ministério da Fazenda.

    Mesmo com o cardápio de exigências, Tebet não esconde em conversas reservadas que gostaria de uma pasta com apelo social, como o Desenvolvimento Agrário ou Cidades.

    Para dirigentes emedebistas, no entanto, a tendência é de que o Cidades fique com a bancada do partido na Câmara dos Deputados. E o Desenvolvimento Agrário deve ser assumido por Maria Fernanda Coelho, ex-presidente da Caixa.

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