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    TCU pede esclarecimentos sobre viagem de Jair Bolsonaro a Orlando

    Pedido realizado pelo ex-deputado federal Elias Vaz (PSB) aponta desvio de finalidade no uso de recursos públicos

    João Rosada CNN

    em Brasília

    O Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou à Casa Civil da Presidência da República informações sobre a viagem realizada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) no dia 30 de dezembro à cidade de Orlando, nos Estados Unidos.

    O TCU atendeu a um pedido realizado pelo ex-deputado federal Elias Vaz (PSB-GO), que aponta desvio de finalidade no uso de recursos públicos durante a viagem do ex-chefe de Estado.

    O tribunal deu o prazo de 15 dias para que a Casa Civil apresente justificativa e argumentou que o alto valor gasto e a falta de informações sobre a real motivação da viagem são razões para efetuar a diligência.

    No relatório, se destacam os seguintes gastos ao longo do ano de 2022: R$ 22,7 milhões no cartão corporativo; R$ 1,2 milhão em alimentação e bebidas dentro do avião presidencial; e R$ 6,9 milhões em diárias pagas aos militares que integraram as equipes de segurança.

    Referente à viagem a Orlando, o relatório aponta ainda, citando uma matéria da CNN publicada em fevereiro, que o governo federal gastou ao menos R$ 795 com a ida de Bolsonaro aos Estados Unidos.

    Segundo a análise do TCU, o valor elevado da viagem é inegável, pois englobam gastos com o avião da Força Aérea Brasileira (FAB), as taxas aeroportuárias, comidas e bebidas dentro do avião, as equipes de apoio. Entretanto, o tribunal reconhece que faltam informações financeiras e de logística para que possa concluir a análise.

    Por fim, o órgão pede as seguintes informações: relação dos servidores que integraram o Escalão Avançado; as cotações de preços para prestação de serviços aeroportuários para aquisição de alimentação; lista nominal dos funcionários que foram atendidos com alimentação; mapa de distribuição dos apartamentos em caso de hospedagem em hotel; relatório das despesas realizadas; e as faturas do cartão de pagamento do Governo Federal referentes às despesas realizadas na viagem.

    A CNN tentou contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro, mas não obteve resposta.