TCU não guardará joias que forem entregues por Bolsonaro, dizem interlocutores da corte
A defesa do ex-presidente informou que entregaria ao Tribunal de Contas da União segundo pacote de joias sauditas
- 1 de 5
O príncipe Abdulaziz Bin Salman Bin Abdulaziz Al Saud, ministro de Energia do reino da Arábia Saudita, participa de reunião com o então ministro de Minas e Energia brasileiro, Bento Albuquerque.
Crédito: Reprodução - 2 de 5
Imagens do cavalo com as patas quebradas. Item foi entregue pelos sauditas como presente
Crédito: Reprodução/Twitter Ministro Paulo Pimenta - 3 de 5
Detalhe mostra retirada do cavalo de base
Crédito: Reprodução/Twitter Ministro Paulo Pimenta - 4 de 5
Colar, anel, brincos e relógios de diamante de R$ 16,5 milhões
Crédito: Reprodução/ Twitter - 5 de 5
Segundo estojo de joias sauditas, com uma caneta, um anel, um relógio, um par de abotoaduras e um terço, sob posse do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
Crédito: Reprodução/CNN
O Tribunal de Contas da União não deve guardar as joias que o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu do governo da Arábia Saudita, caso ele as entregue de fato. A informação é de interlocutores de ministros do TCU. Segundo essas fontes, é “zero” a chance da armazenar essas joias que estão em posse de Bolsonaro. A corte de contas alertou ainda que “não há precedentes, nem local para custodiar bens”.
Na segunda (14), a defesa do ex-presidente informou que as joias seriam depositadas em juízo junto ao Tribunal de Contas da União até que o plenário da corte decida sobre o destino delas.
O julgamento sobre o caso está marcado para a próxima quarta-feira (15). A expectativa é de que os ministros revertam decisão de Augusto Nardes para que Bolsonaro seja obrigado a devolver as joias.
À reportagem, ministros também informaram que na quarta será apresentada em plenário uma proposta para que seja feito um pente fino em todos os presentes recebidos por Bolsonaro. A expectativa é que as joias sejam armazenadas no patrimônio público da Presidência da República.
Para um dos ministros consultados pela CNN, a regra que determina sobre os presentes “não deixa margem para dúvidas” ao não permitir que se entenda como de destino particular itens de alto valor. Anteriormente, o ex-presidente disse não ver ilegalidades em manter um segundo pacote de joias em seu acervo pessoal.