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    Tatuagem pró-Temer, confete na Câmara: quem é o ex-deputado que foi preso pela PF

    Wladimir Costa foi preso por postagens nas redes sociais contra uma deputada

    Maria Clara Matosda CNN* , São Paulo

    Preso na quinta-feira (18), o ex-deputado federal Wladimir Costa (Solidariedade-PA) esteve na Câmara por 16 anos. Um dos fatos que marcaram seus mandatos foi ele ter feito uma tatuagem em homenagem ao ex-presidente Michel Temer (MDB).

    Ele também jogou confetes no plenário da Câmara durante a votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

    Prisão

    Costa foi preso pela Polícia Federal (PF) na manhã de quinta-feira (18) ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Belém, no Pará.

    Ele é acusado de cometer crimes eleitorais de violência política contra a deputada federal Renilce Nicodemos (MDB-PA). A prisão foi motivada por postagens do deputado nas redes sociais — em lives, o ex-parlamentar teria sugerido que os seguidores apedrejassem Nicodemos.

    O Tribunal Eleitoral Regional do Pará ordenou que as publicações fossem excluídas da internet. O perfil do deputado no Instagram também saiu do ar.

    Além disso, de acordo com a PF, Costa teria xingado a parlamentar, espalhado faixas pelas ruas de Belém, contratado um carro de som para proclamar palavrões contra a deputada e teria feito uma música para ela.

    Quem é Wladmir Costa

    Conhecido como Wlad, o parlamentar atou na Câmara dos Deputados por 16 anos. Em três dos seus quatro mandatos, o parlamentar pertencia ao PMDB, hoje MDB. Já no último, de 2015 a 2019, o político passou a integrar o Solidariedade.

    Em uma conta no X, antigo Twitter, ele se apresenta como “empresário, cantor, compositor, radialista, apresentador de TV”.

    Costa ficou conhecido por fazer uma tatuagem temporária do ex-presidente da República, Michel Temer, em 2017, quando ainda era parlamentar. O desenho também contava com uma bandeira do Brasil.

    Ele também participou da votação do impeachment da ex-presidente Dilma Roussef, em 2016. Na ocasião, soltou um rojão de confetes, vestindo a bandeira do Pará e próximo a cartazes com a expressão “Tchau, querida”.

    Em 2016, o ex-deputado teve o mandato cassado por arrecadação e gastos ilícitos em campanha eleitoral também pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará. O Ministério Público constatou que existiam indícios de que documentos dos gastos seriam falsos.

    O então deputado recorreu da decisão, mas foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2017, ficando inelegível por oito anos e perdendo efetivamente seu mandato.

    A CNN procurou a defesa de Wladimir Costa e aguarda retorno.

    *Com informações de Elijonas Maia e Agência Brasil 

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