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    Tarcísio nomeia PM envolvido no Carandiru para a Administração Penitenciária

    Segundo o MP, Merlo chegou ao local da chacina somente após assassinatos, mas agrediu presos; em resposta à CNN, secretaria diz que nomeação tem “critério técnico”

    Carolina FigueiredoDanilo Moliternoda CNN São Paulo

    O governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), nomeou no sábado (14) o coronel da reserva da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP) Sergio de Souza Merlo como assessor técnico na Secretaria de Administração Penitenciária do estado. O indicado é mencionado no processo do Massacre do Carandiru.

    Ao todo 120 policiais são listados por envolvimento na chacina, ocorrida em 1992. A ação dos policiais durante a rebelião na Casa de Detenção de São Paulo levou à morte de 111 detentos.

    Na época do massacre, Merlo era primeiro-tenente e comandou a ação do 2º Batalhão do Choque. Segundo o Ministério Público, o então agente chegou ao local da chacina somente após os assassinatos, mas agrediu presos durante uma varredura.

    A CNN procurou o governo estadual para que comentasse a indicação. Em resposta, a Secretaria da Administração Penitenciária apontou que “as nomeações da pasta são realizadas exclusivamente com base em critérios técnicos”.

    “Sérgio de Souza Merlo é bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco e tem mais de trinta anos de experiência na Administração Pública”, justificou a secretaria.

    O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) marcou para o próximo dia 31 a retomada do julgamento que pode decretar as prisões dos policiais militares condenados pelo massacre.