‘Surreal’, diz ACM Neto sobre a saída de Teich do Ministério da Saúde
Prefeito de Salvador e presidente do Democratas também criticou a falta de ajuda do governo federal a estados e municípios
“Surreal”. É assim que ACM Neto (DEM-BA), prefeito de Salvador e presidente do Democratas, define a condução do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na crise da Covid-19, que viu nesta sexta-feira (15) a saída do segundo ministro da Saúde em um mês. O prefeito disse ser necessária uma coordenação nacional para enfrentar a crise e que o momento não é de desperdiçar tempo.
“Não pode haver espaço para desperdiçar energia e jogar tempo fora. Acho surreal, quase inacreditável, vermos a troca de um segundo ministro da Saúde em plena pandemia. Presidente poderia estar mais focado em tomar decisões que permitissem o Brasil atravessar a crise e construir pontes com estados e municípios.”
A ligação entre o governo federal e outros entes federativos também foi alvo de críticas do prefeito de Salvador, que apontou a falta de ajuda de Brasília e relatou a conversa que teve com o presidente.
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“Falei para o presidente que na minha opinião, o governo federal deveria ter papel de articulação, começando no Ministério da Saúde, que deveria se basear em critérios técnicos para que todos juntos pudéssemos caminhar na mesma direção. Se houvesse trabalho coordenado, iremos potencializar o trabalho e evitar desperdiçar dinheiro público.”
Apesar das críticas, o prefeito e também presidente do Democratas disse que o partido não assumiu posição no governo, e que trabalha em prol de ações que na visão do partido, sejam benéficas para o país.
“O DEM assumiu posição de independência ao governo, apoiando agenda que tenham a nossa concordância, prova disso foi nosso apoio à reforma da previdência. Disse a Bolsonaro que o partido não discutiria cargos no governo, mas toda vez que o presidente quiser nosso apoio, vamos estar à disposição.”