‘Surpresa agradável’, diz Mozart Ramos sobre nomeação de Decotelli para o MEC
Para o educador, a grande questão é se o novo ministro conseguirá sobreviver aos aspectos ideológicos que vêm norteando o MEC no governo Bolsonaro
Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (25), o educador Mozart Ramos disse que recebeu como uma “surpresa agradável” a nomeação do professor Carlos Alberto Decotelli da Silva para o comando do Ministério da Educação. A escolha do substituto de Abraham Weintraub foi anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em sua página no Facebook. A nomeação foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.
“É uma pessoa com perfil técnico e com uma boa formação acadêmica. Parece que enfim vamos ter um ministro da Educação no Brasil”, disse.
Segundo Ramos, Decotelli chega apresentando uma mensagem de diálogo, o que o educador considerou importante.
“Estamos precisando de um ministro que seja capaz de dialogar com diferentes áreas da educação, tanto nas universidades, principalmente as federais, e com os secretários municipais e estaduais de educação”, acrescentou.
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Na avaliação de Ramos, a grande questão é se Decotelli conseguirá sobreviver aos aspectos ideológicos que vêm norteando o MEC desde o início do mandato de Bolsonaro. “Se conseguir, será uma grande vitória”, afirmou.
O educador falou ainda que Decotelli terá que “correr contra o tempo”, já que, segundo ele, o país ainda não teve um ministro da Educação na gestão atual.
“O [Ricardo] Vélez passou apenas dois meses e meio [no MEC] e [Abraham] Weintraub veio para cumprir uma agenda política, muito mais vinculado ao embate com as entidades e universidades, e não conseguiu ter uma agenda positiva para a educação”, avaliou.