Sucessão na Petrobras abre disputa entre Centrão e militares
Os dois grupos têm sugerido ao Palácio do Planalto nomes para substituir a indicação do economista Adriano Pires, que desistiu na segunda-feira (4) do posto
A desistência do economista Adriano Pires na indicação para o comando da Petrobras abriu uma disputa entre o bloco do Centrão e o segmento militar pelo posto de presidente da empresa estatal.
Nesta terça-feira (5), dia seguinte à carta do economista oficializando a desistência, os dois grupos enviaram sugestões ao Palácio do Planalto de nomes que poderiam substituir a indicação de Pires.
No segmento militar, o nome do presidente dos Correios, o general da reserva Floriano Peixoto, passou a ser defendido por assessores do governo. O argumento é que, em mais de dois anos à frente da empresa, o militar demonstrou experiência em gestão pública.
Além dele, nas Forças Armadas, há integrantes do governo que pregam a manutenção do atual presidente, Joaquim Silva e Luna, que poderia ter seu mandato renovado por mais um ano.
Já o bloco do Centrão, responsável pela indicação de Adriano Pires, levou à sede do governo duas alternativas: o nome do já atual conselheiro da empresa Márcio Weber, que já foi diretor da Petroserv S.A. –empresa que atua na distribuição de petróleo–, e da diretora-presidente da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), Cynthia Silveira.
O argumento de integrantes do bloco partidário é que ambos já passaram pelo crivo do governo federal e têm qualificação para ocupar o cargo.
Mais cedo, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse à CNN que não chegou a um nome para apresentar ao presidente Jair Bolsonaro. “Estou trabalhando em perfis adequados para assumir o conselho de administração e a empresa neste momento. Depois, chegarei aos nomes que preenchem esses perfis”, disse.
O governo federal pretende definir um nome até a quarta-feira da próxima semana, quando será promovida assembleia geral para a escolha dos acionistas da empresa estatal.