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    STF suspende extradição de suposto espião russo preso no Brasil há 500 dias

    Serguei Cherkasovabril foi deportado da Holanda com passaporte brasileiro em abril de 2022 e está preso em território nacional desde então

    Matheus Meirellesda CNN

    São Paulo

    O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a extradição de um suposto espião russo que está preso no Brasil desde 2022.

    Serguei Vladimirovich Cherkasov seria enviado para a Rússia após pedido do Kremlin.

    A decisão do STF se deu sob o argumento de que todos os processos contra Cherkasov no Brasil precisam ser encerrados antes de uma eventual extradição. Além disso, a Suprema Corte argumenta que ele precisa cumprir a pena que já recebeu pelos crimes cometidos.

    Cherkasov foi preso na Holanda no ano passado ao tentar entrar no país com um passaporte brasileiro, com o nome Victor Muller Ferreira. Em seguida, ele foi deportado para o Brasil, onde permanece preso até hoje.

    Quando foi detido em solo europeu, o suposto espião tentava entrar no Tribunal Penal Internacional, em Haia, com o objetivo de acessar documentos que poderiam indicar crimes de guerra da Rússia na Ucrânia, apontam as investigações.

    Após julgamentos no Brasil, ele foi condenado a 15 anos de prisão. No entanto, na quinta-feira (27), a quinta Turma do Tribunal Regional da 3ª Região reduziu a sentença para cinco anos e dois meses em regime semi-aberto.

    Além do crime de espionagem, Cherkasov também é investigado por corrupção e lavagem de dinheiro.

    Além do pedido de extradição da Rússia, o governo brasileiro também recebeu uma solicitação semelhante dos Estados Unidos, sob o argumento de que a identidade brasileira era utilizada para espionagem no território norte-americano. A tentativa dos EUA foi considerada imprudente pelo Brasil.

    A defesa de Cherkasov diz que ele admite ter usado documentos falsos, mas nega todas as outras acusações. Sendo assim, os advogados pedem a progressão da pena para o regime aberto, já que ele está há quase 500 dias preso no Brasil.

    *Publicado por Pedro Jordão, da CNN