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    STF marca julgamento de ação contra Collor no âmbito da Lava Jato

    Senador será julgado antes que seu mandato no Senado se encerre, em fevereiro do ano que vem

    Gabriel Hirabahasida CNN , em Brasília

    O Supremo Tribunal Federal (STF) marcou a data do julgamento de uma ação penal contra o ex-presidente da República e atual senador, Fernando Collor de Mello (PTB-AL). O julgamento está previsto para o dia 20 deste mês.

    O julgamento chegou a entrar na pauta do STF no fim do ano passado, mas foi adiado por causa de outros processos que ganharam prioridade no Supremo.

    O relator do caso, ministro Edson Fachin, pediu, em outubro do ano passado, que o julgamento fosse marcado para evitar que o caso prescrevesse.

    “Considerando cuidar-se de pretensão punitiva estatal em concreta ameaça de extinção pelo instituto da prescrição, tendo em vista a aplicabilidade ao caso, ao menos a um dos denunciados, da causa de redução do lapso temporal prevista no Código Penal, indico preferência regimental”, justificou o ministro.

    Em agosto deste ano, a CNN informou que alguns casos como o de Collor vinham sendo adiados, o que levou alguns políticos a encontrarem brechas para manter suas candidaturas. O ex-presidente foi candidato ao governo de Alagoas, mas não foi ao segundo turno, que será disputado entre Paulo Dantas (MDB) e Rodrigo Cunha (União Brasil).

    O mandato de Collor no Senado Federal se encerra em 1º de fevereiro do ano que vem, quando tomam posse os 27 senadores eleitos neste ano. Quando deixar o cargo, perderá o foro privilegiado ao qual tem direito por causa de sua função e o caso poderia ser enviado à 1ª Instância.

    Réu no âmbito da Lava Jato, Collor é acusado de receber propina por negócios da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras na venda de combustíveis.

    Collor tem 72 anos e os crimes dos quais é acusado teriam sido cometidos de 2010 a 2014. O ex-presidente nega as acusações.

    A Procuradoria-Geral da República acusa o ex-presidente e seu grupo político de terem recebido R$ 30 milhões em propina. Somente o senador teria recebido R$ 9,6 milhões em troca de ter viabilizado um contrato de troca de bandeira de postos de combustível celebrado entre a Derivados do Brasil (DVBR) e a BR Distribuidora.

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