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    STF define pena de 17 anos de prisão para “Fátima de Tubarão”, dos ataques de 8 de janeiro

    Ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Luiz Fux concordam com o tempo proposto por Alexandre de Moraes

    Da CNN , Brasília

    O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta sexta-feira (9) para determinar uma pena de 17 anos de prisão na condenação de Maria de Fátima Mendonça Jacinto, conhecida como “Fátima de Tubarão”.

    O relator, ministro Alexandre de Moraes, propôs pena de 17 anos de prisão em regime inicial fechado.

    O ministro também propôs que a ré seja condenada a pagar multa e indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 30 milhões (a ser quitado em conjunto com os demais condenados pelo caso).

    Os ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Luiz Fux concordam com o tempo proposto por Moraes. Já os ministros Cristiano Zanin e Edson Fachin, pediram uma pena menor, de 15 anos.

    A CNN entrou em contato a defesa de “Fátima de Tubarão”, mas ainda não teve retorno.

    Quem é “Fátima de Tubarão”?

    A mulher, de 69 anos, integrou o grupo que invadiu a sede da Corte nos atos de 8 de janeiro. Ela aparece em um vídeo dizendo que defecou num banheiro do Supremo “sujando tudo”.

    Moradora de Tubarão (SC), a ré está presa preventivamente desde o final de janeiro de 2023.

    Relator das ações contra os acusados de invadir e depredar as sedes dos Três Poderes, Moraes votou para condenar Fátima pelos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.

    Em vídeos publicados nas redes sociais, Fátima afirmou que teria defecado no banheiro da Suprema Corte, “sujando tudo” e disse que iria “pegar o Xandão”, em referência a Alexandre de Moraes.

    Nas imagens, ela também grita e comemora, dizendo: “é guerra”.

    Interrogada no curso do processo, Fátima disse que viajou a Brasília com objetivo de “conversar com o Ministro Alexandre de Moraes, a fim de que ele apresentasse o código-fonte para o grupo”. Afirmou que, em 8 de janeiro, um carro de som passou no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, dizendo que havia “chegado a hora”.

    Ela disse que acompanhou a multidão até a Praça dos Três Poderes e que os prédios já haviam sido invadidos.

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