SP vai analisar diretrizes antes de decidir sobre uso de câmeras em farda, diz Derrite
Secretário de Segurança de SP afirma que todos os 16 pontos apresentados serão analisados antes de qualquer decisão
O Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que avaliará todos os 16 pontos da norma técnica para câmeras corporais de forças policiais para decidir se o estado seguirá todas as diretrizes do Ministério da Justiça e da Segurança Publica (MJSP).
Derrite esteve no evento de lançamento das normas na sede da pasta em Brasília (DF).
Apesar de o secretário dizer que os integrantes do governo paulista foram consultados informalmente por técnicos para formular o documento, Derrite não quis adiantar uma análise da norma.
“Vamos esperar anunciar (as 16 diretrizes) mas só quando tiver conhecimento vamos ver [se vamos seguir todas]”, afirmou o secretário.
Antes de conferir a portaria completa, o secretário paulista ainda adiantava que acreditava em uma “aderência” entre o que São Paulo já aplica no caso das câmeras corporais com as diretrizes do governo.
Na última semana, um edital para instalação de câmeras corporais foi alvo de críticas por liberar o “liga da desliga” das câmeras por parte dos policiais.
Derrite negou que haverá interrupção de gravação, já que um sistema de inteligência artificial acionará o equipamento caso o policial não o faça. A justificativa para não ligar automaticamente as câmeras é que o governo tinha um custo elevado para armazenar horas de gravação que não serviam às investigações.
“A nossa preocupação é que no contrato atual gaste-se muitos recursos para armazenar doze horas de gravação e boa parte desses vídeos não tem relevância para investigações policiais. É o que chamamos de vídeos de rotina. É importante dizer: vai gravar o tempo inteiro, mas não vai armazenar todos os vídeos que têm relevância”, comentou.