Sócio da Precisa pede, mais uma vez, que CPI remarque depoimento
Francisco Maximiano afirma que se encontra na Índia e não pode comparecer na data marcada
Mais uma vez Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos, empresa intermediária na compra da vacina Covaxin, pediu à CPI que remarque o depoimento dele à comissão. O cronograma previa ouvir Maximiano na próxima quarta-feira (4/8).
A secretaria da comissão parlamentar de inquérito foi comunicada na noite dessa quarta-feira (27/7) que Maximiano se encontra na Índia e que portanto não poderá comparecer ao depoimento. A solicitação foi para que ele seja convocado a depor após o dia 10/8, quando terá retornado ao Brasil. No entanto, a Anvisa recomenda que todo viajante que esteve no continente indiano deve ficar em quarentena de 14 dias.
Também nessa quarta-feira, a defesa de Maximiano acionou o Supremo Tribunal Federal pedindo para que a ministra Rosa Weber reconsidere decisão que tornou obrigatório o comparecimento de Maximiano na CPI da Pandemia. O argumento é de que o empresário é tratado como investigado pela comissão.
O STF já havia autorizado que Francisco Maximiano permaneça em silêncio nas perguntas que possam incriminá-lo. No entanto, ele é obrigado a comparecer à comissão.
O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues, recomendou que Maximiano retorne ao Brasil para falar a CPI na data agendada. Caso contrário, o senador ameaça tomar medidas drásticas. “Recomendo ao senhor Maximiano que retorne de imediato. Não titubearemos em pedir a prisão preventiva do Maximiano. Evadir-se do país quando tem uma investigação em curso é crime”, afirmou Randolfe.
Maximiano já havia conseguido adiar o depoimento duas vezes. A primeira oitiva, agendada pela CPI para o dia 23/6, foi cancelada porque, na época, o sócio da Precisa cumpria quarentena após retornar da Índia. A CPI chegou a remarcar a ida dele à comissão, mas precisou cancelar, novamente, porque a data coincidiu com o depoimento de Emanuela Medrades, representante da empresa.
A empresa de Francisco entrou na mira da CPI por suspeitas de ilegalidade no contrato para a compra de 20 milhões de doses da vacina Covaxin. O contrato do imunizante foi suspenso pelo governo após as denúncias.
A CNN procurou a Precisa medicamentos e Francisco Maximiano mas ainda não obteve retorno.