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    Simone Tebet: ‘Houve crimes contra administração pública com Covaxin’

    Líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), será questionado hoje sobre a vacina indiana na CPI da Pandemia

    Produzido por Vinícius Tadeu*, da CNN em São Paulo

    À CNN, a líder da bancada feminina no Senado, Simone Tebet (MDB-MS), afirmou nesta quinta-feira (12) que houve crime contra a administração pública na compra da vacina indiana contra a Covid-19, a Covaxin.

    O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), será questionado, também nesta quinta, na CPI da Pandemia a Covaxin.

    Em oitiva na comissão no dia 25 de junho, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) revelou que Barros seria o nome citado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quando informado sobre as suspeitas de irregularidades no contrato do Ministério da Saúde para a compra da vacina Covaxin.

    “É no mínimo curioso que o presidente da República, ao tomar conhecimento de um fato considerado gravíssimo, de um escândalo de corrupção sem precedentes dentro do Ministério da Saúde do seu governo, por um deputado nada mais nada menos que da sua base, e anuncia que tinha uma grande suspeita de esquema de corrupção dentro do ministério, ouve da própria voz do presidente que seria um rolo do líder do governo e não toma providências”, declarou Tebet.

    líder da bancada feminina no Senado, Simone Tebet (MDB-MS)
    Líder da bancada feminina no Senado, Simone Tebet (MDB-MS)
    Foto: CNN Brasil (12.ago.2021)

    Na avaliação de Tebet, é “interessante” como Ricardo Barros aparece diversas vezes no caso da compra da vacina indiana.

    “Ele apresentou emenda para incluir autoridade sanitária da Índia como possível autoridade que teria autenticidade para permitir com que a gente importasse a vacina Covaxin. O problema que se soma a isso é o fato de que quando ele foi ministro da Saúde do ex-governo de [Michel] Temer, ele protagonizou um processo no mínimo inusitado na compra de medicamentos, que foi pago antecipado os remédios, que não vieram e levaram a morte de pessoas, no caso de doenças raras. Ele não teve a capacidade de suspender o contrato. Agora [Ricardo Barros] aparece nesse episódio no Palácio do Planalto.”

    “Se tem uma coisa que eu tenho certeza é que no caso do contrato da Covaxin houve crimes contra a administração pública, e foram poucos. Só falta agora a CPI achar os autores “, finalizou a senadora.

    Barros depõe à comissão nesta quinta. O depoimento dele é um dos mais aguardados da semana. Segundo o parlamentar, ele fará uma apresentação inicial para esclarecer as questões que já foram abordadas na CPI e envolvem seu nome.

    O deputado afirmou que haverá respostas para todas as perguntas dos senadores. Ao ser questionado, ele não quis responder.

    (*supervisionado por Elis Franco)