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    Silvinei não fará delação, ele não se envolveu em nada ilícito, diz defesa à CNN

    Advogado também destacou que ação da PRF no Nordeste nas eleições teria acontecido em anos anteriores

    Tiago Tortellada CNN , São Paulo

    Em entrevista exclusiva à CNN nesta sexta-feira (15), o advogado de Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), disse que o cliente não fará delação premiada, por não ter se envolvido em nada que seja “ilícito”.

    “Mesmo que resolva fazer algo do tipo, seria invenção, ilação, teria que criar uma história”, afirmou Eduardo Nostrani, acrescentando que a possibilidade de fazer delação não foi oferecida pela Polícia Federal (PF).

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    Nostrani também pontuou que a ação da PRF no dia do segundo turno das eleições 2022 no Nordeste “já acontecia nos outros anos”.

    Negando ter havido tratamento diferenciado em relação a outras regiões do país, o advogado ressaltou que a região tem nove estados e tem a maior malha rodoviária do Brasil.

    Assim, disse que Silvinei Vasques está sendo vítima de fake news e que dados mostrariam que não houve reforço de policiamento no Nordeste.

    Prisão preventiva e atos criminosos de 8 de janeiro

    Eduardo Nostrani também disse à CNN que Silvinei Vasques não estava envolvido nos ataques criminosos de 8 de janeiro.

    Segundo o advogado, o policial teria sido alertado da situação por Nostrani, destacando ainda que ficou “bem chateado” e disse que os vândalos deveriam ser presos.

    Classificando a prisão de Silvinei como “injusta”, afirmou que argumentos da defesa para que ele seja solto “são invencíveis”.

    Foi solicitado que Alexandre de Moraes reveja a prisão preventiva, que, ainda de acordo com Nostrani, não “tipicidade” nem os requisitos para que fosse decretada.

    O ex-diretor está preso desde 9 de agosto, acusado de tentar interferir no segundo turno das eleições de 2022, utilizando a Polícia Rodoviária Federal para impedir os eleitores de Lula (PT) no Nordeste de chegarem às urnas.

    Informações serão usadas em inquérito dos atos antidemocráticos, dizem fontes

    Conforme revelou Raquel Landim, âncora da CNN, o material recolhido no caso de Silvinei Vasques será utilizado nas investigações dos atos antidemocráticos.

    Segundo apurou a CNN, o sub-procurador para assuntos criminais, Humberto Jacques de Medeiros, remeteu todo o material que recebeu da Polícia Federal sobre Silvinei à força-tarefa dos atos antidemocráticos.

    *produzido por Bárbara Brambila, da CNN

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