Sidney Rezende: Julgamento sobre cultos no STF não é uma discussão religiosa
No quadro Liberdade de Opinião, jornalista comentou a sessão do Supremo Tribunal Federal sobre a realização de cultos religiosos presenciais durante pandemia
No quadro Liberdade de Opinião desta quinta-feira (8), Sidney Rezende comentou o julgamento sobre a realização de cultos religiosos presenciais durante a pandemia no Supremo Tribunal Federal. A sessão foi interrompida ontem, após o voto do ministro Gilmar Mendes, e será retomada nesta tarde.
“Lamento muito como cidadão que a discussão tenha descambado para esse aspecto. Temos que respeitar o direito de todos expressarem a sua intenção de fé, ou de não fé para aqueles que são ateus, por exemplo”, disse o jornalista. “Não é uma discussão religiosa. Não está se proibindo a expressão da fé, está se discutindo se há oportunidade ou não, nesse específico momento, de se permitir que ocorram liberações de espaços religiosos para evitar aglomerações e a expansão da doença”, completou.
“Desde o século XIX, o nosso Estado é laico, com decreto escrito. Em 1890, tem decreto muito transparente para evitar que essas expressões de ordem religiosas influam nas decisões de governo ou no Estado. Temos que separar o que é política e condução institucional das expressões religiosas, sejam individuais ou coletiva. Quando se faz esse tipo de discussão, ela ganha caráter político distorcido”, afirmou Rezende.
O Liberdade de Opinião tem a participação de Sidney Rezende e Alexandre Garcia. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.
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