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    Sérgio Cabral é transferido de presídio após comparecer em audiência no TJRJ

    Transferência foi autorizada pelo juiz Marcelo Bretas, acatando determinação do ministro Edson Fachin, do STF

    Iuri CorsiniCamille Coutoda CNN , no Rio de Janeiro

    O ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, deixou o presídio de Bangu 8 nesta sexta-feira (17), na Zona Oeste do Rio, e, após audiência realizada na tarde de hoje no Tribunal de Justiça (TJ-RJ), no Centro da cidade, foi conduzido por agentes da Polícia Federal para o Instituto Médico Legal (IML) para realização do exame de corpo de delito. Após o exame, Cabral foi encaminhado para o Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar, em Niterói, onde ficará acautelado.

    Sua transferência foi autorizada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, que acatou uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, após pedido feito pela defesa de Cabral.

    Seus advogados solicitaram que o ex-governador fosse afastado das pessoas que ele mencionou em seu acordo de delação premiada firmado com a Polícia Federal, que estavam na mesma unidade que ele, em Bangu.

    Apesar de ter este pedido de transferência acatado por Bretas, a defesa do ex-governador não obteve êxito na solicitação para que a Justiça concedesse o direito dele cumprir suas penas em regime domiciliar. Em contato com a CNN, a defesa de Cabral disse que por se tratar de um processo sigiloso, não irá comentar as decisões.

     

    Audiência desta sexta-feira

    Sérgio Cabral e um ex-procurador de Justiça foram intimados pelo Tribunal de Justiça do Rio para interrogatório que foi realizado na tarde desta sexta-feira (17). A audiência foi referente à denúncia pelos crimes de corrupção e organização criminosa, no bojo da Operação Calicute, deflagrada em 17 de novembro de 2016.

    A operação foi um desdobramento da agora extinta Lava Jato.

    Segundo a investigação, no final do ano de 2008, por ocasião das eleições para o cargo de procurador-geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral determinou pagamento de R$ 300 mil a outros agentes alvos da operação, para que o dinheiro fosse utilizado de forma ilícita.

    Ainda segundo a denúncia, em março de 2009, a quadrilha que seria encabeçada por Cabral passou a realizar pagamentos mensais de propina, que teria perdurado até dezembro de 2012.

    Preso desde 2016, o ex-governador do Rio de Janeiro já foi condenado a 346 anos, 9 meses e 16 dias de prisão. São 18 sentenças já proferidas contra o político. Com o acordo de delação premiada, que foi rejeitado pelo STF em maio deste ano, Cabral pretendia conseguir cumprir sua pena em casa.

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