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    ‘Senadores perdem tempo e não fazem perguntas específicas’, diz Soraya Thronicke

    'Durante as oito, dez horas de depoimentos a gente consegue ver mais discursos do que perguntas pontuais, afirmou a senadora do PSL à CNN

    Produzido por Juliana Alves, da CNN São Paulo

    Em entrevista à CNN, a senadora governista Soraya Thronicke (PSL-MS), líder do partido no Senado, criticou como os senadores da CPI da Pandemia estão inquirindo os depoentes. Na visão dela, falta estratégia e assertividade nas perguntas.

    “Infelizmente durante as oito, dez horas de depoimentos a gente consegue ver mais discursos do que perguntas pontuais, que [servem para] desvendar toda esta celeuma que existe em torno da pandemia”, explicou.

    A senadora afirmou que “colegas perdem muito tempo” e atuam da mesma forma desde o começo, sem se adequar e se preparar para o assunto de cada dia de depoimento.

    “Passam fazendo o mesmo discurso desde o primeiro dia da CPI. O depoente não entende daquilo, aquilo não é o motivo pelo qual ele foi convidado ou convocado, e o discurso do senador continua o mesmo. Ele não pergunta especificamente em relação ao ponto que levou o depoente estar ali dentro.”

    Thronicke defende que os depoentes do governo apontem objetivamente quem foram os responsáveis por cada ação ou omissão em relação ao que está sendo questionado, a fim de que a culpabilidade não recaia sobre os ministros da Saúde ou sobre Jair Bolsonaro (sem partido).

    “Dentro da administração pública, o que nós temos que cuidar é para que a responsabilidade [seja nomeada]. Se ela não for apontada para o secretário certo, para o agente tal, se não nomearem os responsáveis, a responsabilidade vai cair sobre o gestor da pasta e sobre o presidente.” 

    Ela complementa dizendo que é preciso que os convocados ou convidados “comecem a atuar de uma forma mais pontual dentro dos depoimentos da CPI.”

    Nise Yamaguchi

    Após prestar depoimento no dia 1º de junho à CPI como convidada, a médica oncologista Nise Yamaguchi processou os senadores Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Pandemia, e Otto Alencar (PSD-BA) afirmando ter sido vítima de misoginia e humilhação.

    A respeito disso, a senadora Soraya Thronicke disse que Otto foi “firme” em seu inquirimento.

    “Eu estou achando que há alguns exageros e há também diferenças entre a avaliação de como uma mulher foi tratada e outra mulher foi tratada pela nossa própria direita, que anda meio a esmo. Eu já vi mulheres da direita sendo massacradas em redes sociais e nunca ninguém falou nada. A primeira vez que as pessoas se insurgem desta maneira é nesse momento. Mas na conversa com o senador Otto, ele foi firme, ele a princípio estava conversando de médico para médica.”

    Soraya ainda complementou dizendo que muita gente que está criticando não assistiu à CPI inteira. “Não assistiu o senador Otto inquirindo a senadora Nise, então vamos ser honestos. Eu acho que as pessoas ficam mudando o rumo desta CPI”.