Senadores do PSDB votarão contra Pacheco à presidência do Senado, diz líder da sigla
Izalci Lucas (DF) e Alessandro Vieira (SE) devem votar em Rogério Marinho (PL-RN), enquanto Plínio Valério tende a escolher Eduardo Girão (Podemos-CE)
O líder do PSDB no Senado, Izalci Lucas (DF), afirmou à CNN que os três senadores da sigla votarão contra o atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na eleição que vai definir o comando do Senado pelos próximos dois anos, marcada para quarta (1º).
Na próxima legislatura, o PSDB contará com uma bancada de três senadores: o próprio Izalci, Alessandro Vieira (SE) e Plínio Valério (AM). Os dois primeiros devem votar em Rogério Marinho (PL-RN), principal adversário de Pacheco na disputa, disse Izalci. Já Plínio Valério tende a votar em Eduardo Girão (Podemos-CE), outro postulante a comandar o Senado a partir de quarta.
A bancada do PSDB tinha seis senadores. Na próxima legislatura, que se inicia na próxima quarta-feira (1º) deixarão o senado Tasso Jereissati (CE), que não disputou as últimas eleições, e José Serra (SP), que não conseguiu se eleger como deputado federal. A senadora Mara Gabrilli (SP), que foi candidata a vice-presidente na chapa de Simone Tebet (MDB-MS), anunciou a saída dela do PSDB para o PSD na semana passada.
Izalci afirmou que vai se posicionar como oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que apoia a candidatura de Pacheco. Ele explicou sua carreira política foi pautada por uma oposição ao PT e que não enxerga o atual presidente da Casa como melhor opção para atender as necessidades dos senadores.
“Marinho era do PSDB enquanto deputado federal. Trabalhamos juntos em CPI, no processo de impeachment [da ex-presidente Dilma Rousseff], por exemplo. Conheço ele há muito tempo. Ele articulou reformas e não é radical.”
O líder tucano tem almoçado com Marinho e buscado votos para o colega. Neste domingo (29), promoveu um almoço com a presença de Marinho e outros senadores em prol do candidato do PL.
Izalci considera que a disputa será apertada e que Marinho pode virar o favoritismo de Pacheco com os votos de “traições”. Ou seja, senadores que não votarão de acordo com a orientação das respectivas siglas. Para se eleger à presidência do Senado é precisar alcançar ao menos 41 votos favoráveis.
O PSDB ainda estuda compor formalmente o bloco criado em prol de Marinho formado por PL, PP e Republicanos. A eventual entrada pode ainda ajudar o PSDB a conseguir melhores espaços em comissões e na Mesa, caso Marinho vença a eleição interna.