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    Senado indica Jaques Wagner e Tereza Cristina para grupo de conciliação sobre marco temporal

    Comissão foi criada pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, para busca de consenso sobre ações envolvendo demarcação de terras indígenas

    Emilly BehnkeRebeca Borgesda CNN , Brasília

    O Senado decidiu indicar Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo na Casa, e Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura, para a comissão de conciliação sobre o marco temporal da demarcação de terras indígenas.

    O colegiado foi criado por decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

    Em abril, o ministro suspendeu, em todo o país, os processos judiciais que discutem a constitucionalidade da Lei do Marco Temporal (Lei 14.701, de 2023) até que o Supremo se manifeste definitivamente sobre o tema.

    Na segunda-feira (5), o grupo de conciliação terá a primeira reunião. O Senado e a Câmara terão três representantes cada.

    A senadora Tereza Cristina é integrante da bancada ruralista do Congresso e defende a tese do marco temporal — o governo, por sua vez, é contrário. O tema é analisado há décadas pelo Legislativo e em ações no STF.

    Jaques Wagner terá como suplente o senador Jader Barbalho (MDB-PA). O suplente de Tereza ainda não foi definido.

    O terceiro nome indicado pelo Senado foi o de Gabrielle Tatith Pereira, advogada-geral da instituição, que terá como suplente o advogado do Senado Rodrigo Pena Costa E Costa.

    Questionada pela CNN, a Câmara afirmou ter se manifestado nos autos e se colocado à disposição para as tratativas de conciliação. Os três representantes serão indicados pela Casa “no momento oportuno”.

    Até a publicação deste texto, a Câmara ainda não havia enviado ao STF os nomes dos seus indicados.

    Além de representantes do Congresso, a comissão é formada por integrantes da Articulação dos Povos Indígenas (Apib) e representantes dos estados, municípios e governo federal.

    O grupo terá a participação de representantes da Advocacia-Geral da União (AGU), dos ministérios da Justiça e dos Povos Indígenas e da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

    Entenda o impasse

    A tese do marco temporal determina que uma demarcação só pode ocorrer se for comprovada a ocupação indígena desde 5 de outubro de 1988, data de promulgação da Constituição.

    A tese foi considerada inconstitucional pelo STF, mas o Congresso aprovou uma lei fixando o entendimento.

    Trechos da lei foram vetados pelo governo, mas o Congresso derrubou o veto presidencial e a norma foi promulgada. Apesar disso, diversas ações ainda tramitam no Supremo questionando a legislação.

    Na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, tramita uma proposta sobre o tema para fixar a tese na Constituição. O acordo firmado pelo presidente da comissão, senador Davi Alcolumbre (União-AP), é analisar o texto no fim de outubro, após as eleições municipais.

    Até lá os senadores também aguardam um possível entendimento da comissão de conciliação criada pelo STF.

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