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    Senado aprova relatório da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas

    Comissão foi instalada em abril de 2024 e realizou uma série de oitivas com jogadores, dirigentes, autoridades e representantes de casas de apostas

    Cristiane Nobertoda CNN , Brasília

    O Senado aprovou, nesta quarta-feira (19), o relatório final da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, que investigou a atuação de organizações criminosas em fraudes no futebol brasileiro.

    O documento, elaborado pelo relator, senador Romário (PL-RJ), detalha esquemas de manipulação de resultados, identifica jogadores e dirigentes envolvidos e sugere indiciamentos.

    A CPI foi instalada em abril de 2024 e realizou uma série de oitivas com jogadores, dirigentes, autoridades e representantes de casas de apostas. O relatório destaca a influência de grupos criminosos no aliciamento de atletas e aponta falhas na regulamentação do setor.

    Entre os principais casos investigados, estão as operações “aposta certa”, “penalidade máxima” e “jogada ensaiada”, que revelaram a manipulação de partidas para obtenção de lucros ilícitos em apostas.

    Indiciamentos

    O relatório propõe o indiciamento de jogadores, dirigentes e apostadores envolvidos diretamente na manipulação de jogos, além de integrantes de organizações criminosas que atuam no setor.

    Entre os indiciados estão:

    • William Pereira Rogatto
    • Bruno Lopez de Moura
    • BC Sports Management LTDA
    • Camila Silva da Motta
    • Glauber do Amaral Cunha
    • Ede Vicente Ferreira Junior
    • Thiago Chambó Andrade
    • Luiz Henrique André da Rosa Silva
    • Bruno Tolentino Coelho
    • Bruno Henrique Pinto​

    Os crimes apontados incluem corrupção esportiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O documento será encaminhado ao Ministério Público (MP) e à Polícia Federal (PF) para que sejam adotadas medidas judiciais cabíveis.

    Recomendações e mudanças legislativas

    A CPI sugere alterações na legislação para endurecer as penas contra manipulação de resultados e regulamentar o setor de apostas com mais rigor. Entre as propostas, estão:

    • criação de um novo tipo penal para a prática de fraude esportiva, com penas mais severas para jogadores e dirigentes envolvidos;
    • proibição de apostas em eventos isolados, como número de cartões e primeiros escanteios, por serem mais suscetíveis a fraudes;
    • obrigatoriedade de avisos sobre riscos do jogo patológico em plataformas de apostas;
    • e a ampliação dos poderes da Polícia Federal para investigar casos de manipulação de resultados em competições nacionais e internacionais.

    Fiscalização e controle

    O relatório recomenda a criação de um órgão específico para monitoramento e fiscalização das apostas esportivas, com atribuições como:

    • monitoramento em tempo real das apostas para identificar padrões suspeitos;
    • regras mais rígidas para licenciamento de casas de apostas, exigindo maior transparência financeira;
    • parceria com órgãos internacionais para intercâmbio de informações sobre manipulação de jogos e crimes financeiros no setor.

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