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    Senado aprova indicados do governo Lula para assumir Abin e embaixada do Brasil nos EUA

    Esta era a última etapa necessária dentro do Congresso para que ambos pudessem tomar posse nos novos cargos

    Luciana Amaralda CNN , em Brasília

    O plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (17), os nomes indicados pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir o comando da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a embaixada do Brasil nos Estados Unidos.

    Outras indicações, a maioria de diplomatas a postos no exterior, também foram aprovadas.

    Esta era a última etapa necessária dentro do Congresso para que pudessem tomar posse nos novos cargos. As aprovações serão comunicadas à Presidência da República para que seja dado andamento aos demais procedimentos para o início efetivo deles nas novas funções.

    Novo diretor-geral da Abin

    Delegado federal, Luiz Fernando Corrêa será o novo diretor-geral da Abin. O nome dele foi aprovado no plenário por 43 votos favoráveis e cinco contra. Dois senadores se abstiveram.

    A indicação do nome dele ao cargo havia sido publicada no Diário Oficial da União em 4 de março.

    Naquela mesma semana, Lula transferiu a Abin para a Casa Civil. No governo de Jair Bolsonaro (PL), a agência integrava o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), sob o comando do general Augusto Heleno.

    Luiz Fernando Corrêa já trabalhou no governo Lula. Foi secretário nacional de Segurança Pública entre 2003 e 2007. Também atuou, entre 2011 e 2016, na equipe de segurança dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, e foi diretor-geral da Polícia Federal entre 2007 e 2011.

    Embaixadora do Brasil nos EUA

    A diplomata Maria Luiz Ribeiro Viotti será a nova embaixadora do Brasil nos Estados Unidos. Ela deverá ficar baseada na representação brasileira em Washington D.C., capital americana, substituindo Nestor Foster Junior, que foi retirado do posto em janeiro. Atualmente, a embaixada é comandada por um encarregado de negócios.

    Foram 44 votos favoráveis e um contra, com uma abstenção, no plenário do Senado.

    Viotti será a primeira embaixadora do Brasil nos Estados Unidos. Ela foi cotada a assumir o Ministério das Relações Exteriores antes da escolha por Mauro Vieira para ser titular da pasta.

    Também única mulher a estar entre os sabatinados na semana passada na Comissão de Relações Exteriores, Viotti foi representante permanente do Brasil junto às Nações Unidas entre 2007 e 2013 e embaixadora em Berlim no fim do governo Dilma (2013-2016).

    Ela atuou ainda como chefe de gabinete do secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres.

    Mais mudanças em postos no exterior

    O plenário do Senado também aprovou as indicações de mais diplomatas para exercerem a função de embaixadores do Brasil no exterior. Parte dos países que receberão os novos nomes compõe uma relação estratégica para os interesses diplomáticos e comerciais brasileiros, como Argentina, França e Índia. São eles:

    – Julio Glinternick Bitelli, embaixador na Argentina;
    – Ricardo Neiva Tavares, embaixador na França e em Mônaco;
    – Paulino Franco de Carvalho Neto, embaixador no Egito e na Eritreia;
    – Everton Vieira Vargas, embaixador na Santa Sé e em Malta;
    – Kenneth Félix Haczynski da Nóbrega, embaixador na Índia e no Butão.

    O diplomata Sérgio França Danese foi aprovado para ser o novo representante permanente do Brasil junto às Nações Unidas.

    Os nomes de Christian Vargas, para ser embaixador em Cuba, e de Michel Arslanian Neto, para ser delegado permanente do Brasil junto à Organização de Aviação Civil Internacional, em Montreal, no Canadá, não foram colocados em votação no plenário nesta quarta.

    Fora da esfera da diplomacia, os senadores ainda aprovaram o nome de Erick Moura de Medeiros para ser diretor de infraestrutura aquaviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

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