Segurança reforçada: cães farejadores fazem varredura no STF
Supremo julga, hoje, oito denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), acusados de tentativa de golpe de Estado em 2022


Na manhã desta terça-feira (25), três cães farejadores fizeram uma varredura no entorno do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) para reforçar a segurança do local.
Os cães — Jethro, um pastor belga malinois; Hummer, um pointer inglês; e Nix, um pastor alemão — integram a equipe da Polícia Legislativa do Senado Federal e são treinados para farejar explosivos.
Conforme a CNN mostrou, um protocolo de segurança foi articulado entre a direção do Supremo e o gabinete do ministro Cristiano Zanin, que preside a Primeira Turma, colegiado responsável por analisar a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra 34 denunciados por tentativa de golpe de Estado em 2022.
Segundo comunicado do Supremo, a segurança foi planejada com base em análise de risco e no cenário atual. Entre as ações, estão maior controle de acesso, monitoramento do ambiente, policiamento reforçado e equipes de pronta resposta para emergências.
“A Secretaria de Polícia Judicial adotou medidas preventivas para garantir a segurança de todos durante o evento, com o apoio da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e outros órgãos parceiros. O objetivo é assegurar a realização do julgamento e garantir a segurança de servidores, colaboradores, advogados e imprensa”, informou a nota.
A avaliação da área técnica é que, especialmente depois dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, o reforço de efetivo se tornou inevitável em dias de julgamentos de grande repercussão pública.
No início do ano, o STF chegou a fazer, ao Palácio do Planalto, um pedido de medida provisória para obter 40 novos agentes e adquirir equipamentos para aprimorar as medidas de segurança, mas não houve retorno.
A preocupação também é cibernética, já que as tentativas de invasão ao site do STF costumam aumentar em dias de julgamentos relevantes. A Corte já está monitorando fóruns da “deep web” para antecipar possíveis ameaças mais graves.
Na semana passada, o Supremo registrou um aumento no número de intimidações. A maioria dos ataques ocorreu por meio da central telefônica do Tribunal, mas também há casos de ofensas por e-mail.