Secretários de Saúde cobram de Queiroga coordenação nacional contra a Covid-19
Conass pediu ao novo ministro da Saúde decisões 'amparadas na ciência' e vacinação rápida


Em carta ao recém-empossado ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) cobrou uma coordenação nacional no combate à Covid-19 e a tomada de decisões “amparadas na ciência”, a fim de controlar a pandemia e auxiliar os brasileiros.
Médico, Queiroga assumiu o comando da Saúde nesta terça-feira (23), em cerimônia discreta com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Palácio do Planalto. Ele substitui o general da ativa Eduardo Pazuello, que estava no comando da Saúde desde maio de 2020, primeiro como interino, e desde setembro como ministro oficial.
O documento assinado pelo secretário de Saúde do Maranhão e presidente do Conass, Carlos Lula, cobra do novo ministro a urgente “adoção de medidas que garantam a imunização de toda a população, com a maior rapidez possível” e afirma que a crise sanitária tem sido agravada pelo atraso na aquisição de vacinas e pela ausência de uma comunicação oficial que reforce as medidas de prevenção à Covid-19.
“Ressaltamos ainda que o Sistema Único de Saúde é de gestão tripartite, composta pelos governos federal, estaduais e municipais, assentada em diálogo permanente e decisões coletivas, visando, sobretudo, superar a emergência em saúde pública provocada pela Covid-19, através da integração de todas as estratégias cientificamente prescritas. Não há tempo a perder”, diz o texto.
Por fim, o Conass desejou sucesso a Queiroga e disse manter as expectativas “de dias melhores para o povo brasileiro”.
O novo ministro assumiu a pasta da Saúde oito dias depois de ter sido confirmado pelo presidente Jair Bolsonaro como substituto de Eduardo Pazuello.
Com a posse de Queiroga, o Brasil chegou ao quarto ministro da Saúde desde o começo da pandemia de Covid-19. Antes de Pazuello, comandaram a pasta Nelson Teich, que foi ministro por um mês, e Luiz Henrique Mandetta, ambos médicos.