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    Secretários da Receita e de Produtividade devem deixar em breve time de Guedes

    Segundo apurou a CNN com duas fontes do alto escalão do Ministério da Economia, os dois serão deslocados para o exterior

    Renata Agostinida CNN , São Paulo

    Dois secretários especiais devem deixar o time de Paulo Guedes até o fim do ano: o secretário especial da Receita Federal, José Tostes Neto, e o secretário especial de Produtividade e Competitividade, Carlos da Costa.

    Segundo apurou a CNN com duas fontes do alto escalão do Ministério da Economia, os dois serão deslocados para o exterior.

    Costa será nomeado adido de assuntos econômicos em Washington, na Embaixada do Brasil no EUA. Tostes também será nomeado adido mas no posto do Brasil na OCDE, em Paris.

    Os dois devem deixar seus postos no Brasil até o fim do ano, de acordo com integrantes da pasta. O anúncio oficial deve ser feito na semana que vem.

    Para substituir Tostes, o ministro está buscando uma solução caseira, de dentro da própria Receita Federal. Os nomes devem ser anunciados em breve.

    Diferentemente de outras vezes, nas quais Guedes foi surpreendido com o pedido de demissão de peças-chave de seu time e “debandadas”, as mudanças estão sendo pensadas para que o Ministério da Economia tenha quadros atuando no exterior.

    A ideia é mostrar o que tem sido feito pela equipe econômica do Brasil lá fora, segundo relato feito por Guedes a interlocutores.

    O próprio Tostes chegou a desenhar um modelo no qual seriam criados postos para adidos econômicos também na Índia, na China e em Bruxelas. Guedes gosta do plano e espera implementá-lo.

    As saídas fecham um ano movimentado na equipe econômica, que contabilizou diversas baixas. As últimas ocorreram com a decisão do governo de mexer no teto de gastos dentro da PEC dos Precatórios. O principal nome a pedir demissão foi o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal.

    As trocas de Tostes e Carlos da Costa nos postos de secretários fazem parte de uma mexida maior pretendida por Paulo Guedes. Serão três secretarias especiais com reformulação.

    Além da Receita Federal e da Produtividade, Guedes quer criar a Secretaria Especial de Estudos Econômicos, que ficará a cargo de Adolfo Sachsida, atual secretário de Política Econômica.

    O plano é que a nova secretaria especial incorpore o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Guedes tem dito a interlocutores que, com a reformulação, quer criar uma espécie de “think thank”: uma secretaria que congregue diversos braços do governo pesquisando dados e pensando em políticas públicas.

    Trata-se de um plano antigo de Guedes, que ele espera implementar agora. Inicialmente, ele havia pensado para comandar a nova secretaria no nome do economista Aloísio Araújo, professor da FGV e que chegou a ser assessor especial do Ministério da Economia no início do governo.

    A avaliação, porém, é que, na reta final do governo, ficou difícil trazer gente de fora, e o melhor caminho é colocar um integrante da equipe no posto.

    Ex-integrante do Ipea, Sachsida colabora com Guedes desde a formatação do plano econômico de Jair Bolsonaro, ainda na campanha. Compõe o Ministério da Economia desde sua formação.

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